Com participação de nomes como Tuyo e Ellen Oléria, o segundo álbum de estúdio da cantora e compositora brasiliense já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm
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Créditos: Bel Gandolfo - @kiddotrixx |
Letícia Fialho nos conduz ao longo de uma valiosa travessia em “Revoada Baile Canção”, seu segundo álbum de estúdio, disponível em todas as plataformas digitais, via ONErpm, a partir do dia 25 de julho. Inspirado pela energia dançante e ar de festejo vivido pela música brasileira na décadas de 1980 e 1990, o projeto é composto por dez faixas que misturam ritmos tradicionais a timbres modernos, incorporando elementos de maracatu, xote, ijexá e baião, e conta com a participação de Tuyo, Ellen Oléria, Luiza Brina, Ju Strassacapa (Francisco, El Hombre) e Mestre Anderson Miguel.
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O single “Revoada” foi o grande abre-alas para "Revoada Baile Canção”, guiando Letícia Fialho na descoberta do tom e inspirações para o disco. Representando parte da ilusão e do tropeço presentes em toda trajetória humana, a canção ilustra com maestria a tomada de consciência que sucede a dor, enquanto navega pela força motora capaz de nos fazer atravessar obstáculos e dificuldades, desaguando em abundância e fartura: a fé. A partir daí, a artista cria uma bonita e singela relação com o orixá Oxossi, grande patrono dessa travessia.
“Na sonoridade, ela remete justamente ao que chamo de ‘baile canção’ dos anos 80 e 90, e sua composição se inicia, curiosamente, ao testar uma guitarra brasileira de 1968. Ao ouvir aquele som tão brasileiro, a música começou a brotar da minha mão junto com a melodia. A frase ‘Quando eu andava desavisada na mão da ilusão’ me provocou a pensar nessa letra como uma trajetória, já que parte de um passado que promove uma construção poética que conta o que veio depois. Então, a partir de muita revisão da minha própria trajetória e de reflexões e observações gerais sobre a vida, fui construindo esse fio, essa trajetória até a mesa farta”, afirma Letícia Fialho.
Para ajudar a contar essa história, a cantora e compositora brasiliense revisitou um precioso baú de composições cultivado ao longo de sua vida em busca de retalhos de suas memórias que reforçassem o caráter de trajetória do álbum. Construído por letras que trazem mensagens de esperança apesar de tudo, “Revoada Baile Canção” evoca a celebração da vida, do amor, da coletividade, da subjetividade e do respeito ao tempo. Com a ajuda de Thanise Silva e JP Mansur, Letícia Fialho transformou esse ar reflexivo de seu novo trabalho em uma grande festa, contando com a finalização de Mateo (Francisco El Hombre) que costurou as faixas do disco com elementos que remetem à natureza, como o canto de pássaros e cigarras.
“Quando se fala em orixá, inseparavelmente se fala também em dança, já que é dessa maneira que essas divindades chegam em terra pelos terreiros Brasil afora: dançando. Pelo canto, pelo toque dos tambores, pela dança. Esse fato nos ensina que o canto e a dança são fundamento não só de resistência cultural (a história negra brasileira não contada nos livros chega até os dias atuais guardada, sobretudo, pelo samba, jongos, maracatus, cocos, bois, e todas as manifestações culturais negras brasileiras) mas, também, de ensinamento fundamental para a vida, cantar e dançar é se fortalecer para as batalhas do caminho.”
Pincelado por elementos de agueré — ritmo tocado para Oxossi em muitos candomblés —, solos de guitarra, bateria pop, synths e beats eletrônicos, passando pelo maracatu, xote, ijexá e baião, a sonoridade do disco propõe uma mistura de ritmos característica de nosso país. Essa sinergia entre gêneros e referências também se faz presente nas participações de “Revoada Baile Canção”, que traz o trio Tuyo em “Revoada”, as cantoras Ellen Oléria e Luiza Brina em “Sol Chão Lua Estrela”, Ju Strassacapa (Francisco, El Hombre) em “Presente” e Mestre Anderson Miguel em “Chegada”.
As flautas, arranjadas e gravadas por Thanise Silva, também são presença marcante no projeto, representando essa liberdade e fluidez propostas por Letícia Fialho. “Elas conduzem todo o álbum com duas, três, quatro, até seis vozes de flauta nas faixas. Elas representam a revoada, a passarada passeando por todo o disco. É uma obra à parte!”
“Esse disco vem depois de sete anos sem lançamentos, desde ‘Maravilha Marginal’ (2018), que expandiu o alcance do meu trabalho exponencialmente. Agora vem mais um álbum lançado de forma independente, depois de muito trabalho pra que isso acontecesse. Existe nisso um paralelo com esse caçador que vai pra mata, sozinho, observa, aguarda, se movimenta silencioso e atento, com sua única flecha, em busca da fartura não só para sua casa, mas também para sua comunidade. ‘Nova direção, poucas palavras, silêncio e suor’. Ele reivindica fartura para todas as mesas, e o direito de celebrar, dançar, festejar, ser feliz, sem ignorar os desafios, as dores, as injustiças sociais, a dureza do mundo: mas justamente por isso!”
Ficha Técnica:
Concepção: Letícia Fialho
Produção musical: JP Mansur, Leticia Fialho, Thanise Silva, Mateo (Francisco, El Hombre)
Participações: Tuyo, Ju Strassacapa (Francisco El Hombre), Ellen Oléria, Luiza Brina, Mestre Anderson Miguel
Banda: Thanise Silva (Flautas), JP Mansur (Baixo e synths), Marquinhos dos Santos (Bateria), Larissa Umaytá (Percussão), Henrique Alvim (Guitarra), Mariano Toniatti (percussão/efeitos)
Captação: Gravado no Hope Studio e Big Studio (vozes)
Mix: Gabriel Fernandes
Master: Gabriel Vilela
Foto Capa: Thaís Mallon
Projeto gráfico Capa: Júlia Filgueiras
Fotos/Divulgação: Bel Gandolfo / Thaís Mallon
Produção Executiva: Paulo Cavalcante
Ass. Imprensa: OMIM Comunicação
Sobre Letícia Fialho: Artista ligada intrinsecamente com Brasília, Letícia Fialho é cantora e compositora de ímpar ligação com o encanto – e o encontro – da rua e do seu interior. Um dos nomes de destaque ligados ao cenário da MPB, Letícia carrega Maravilha Marginal, seu álbum de estreia, Brasil afora com a íntima conexão entre as dimensões de trazer significado às coisas ordinárias e a beleza do afeto que circunda a natureza ao seu redor. Influenciada pela poesia contemporânea, nos seus vieses sintéticos e imagéticos, a cantora e compositora passou por uma graduação em Letras na UNB e confirmou no caminho do tempo que a magia mais particular por trás de sua composição estava na sensibilidade da palavra, para além da harmonia e dos arranjos.
Explorando a dinamicidade de sua música, Letícia Fialho soma parcerias diversas que ultrapassam o limite dos rótulos e estilos musicais. A artista acumula canções ao lado de figuras de ritmos diferentes entre si, como Murica, Francisco, El Hombre, Puro Suco e Yago Oproprio. Se preparando para um novo momento sete anos após o disco de estreia, a artista propôs a expansão do universo que a consolidou artisticamente para mais possibilidades em sua roupagem musical, com um olhar especial para o seu potencial dançante – e o poder dessa arte. Neste ano, Letícia Fialho lança seu novo álbum, Revoada, Baile e Canção, com encontros especiais e possibilidades sonoras inéditas em seu repertório.