A investigação contou com a colaboração de forças policiais da França e Portugal por meio da Interpol
 |
| Foto: Divulgação/ PF |
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Odysseus para encerrar as atividades de tráfico internacional de drogas de uma organização criminosa que fazia remessas de cocaína por meio de aeroportos internacionais, especialmente Viracopos e Guarulhos.
No total, 50 (cinquenta) policiais federais dão cumprimento a 6 (seis) mandados de prisão preventiva e 8 (oito) mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas, nos estados de São Paulo, Goiás e Espírito Santo.
A investigação teve início a partir da prisão em flagrante de um homem de 25 anos de idade e uma mulher de 20 anos, em data de 26.2.2024, quando tentaram embarcar em voo, com destino a Paris, na posse de 10 (dez) quilos de cocaína ocultos em fundos falsos de suas malas, permitindo a partir daí a identificação de uma rede complexa de pessoas físicas e jurídicas atuando no tráfico internacional de drogas.
A investigação revelou que os integrantes do grupo atuavam em diversos estados brasileiros e também no exterior, com ramificações em países como França, Bélgica e Portugal, sendo identificados pelo menos 12 (doze) eventos de envio de drogas por meio de voos comerciais, totalizando dezenas de quilos de cocaína.
Os alvos dos mandados são endereços residenciais de indivíduos apontados como aliciadores, financiadores e responsáveis pela logística e lavagem do dinheiro obtido ilicitamente.
Foram determinados, além das prisões e das buscas, o sequestro de veículos, o bloqueio de contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas pela lavagem de capitais, no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), assim como a apreensão de uma aeronave adquirida com valores obtidos com a traficância (helicóptero adquirido por R$ 2.090.000,00).
As investigações contaram com compartilhamento de informações por parte de autoridades francesas e portuguesas.
Os investigados, na medida de suas condutas, poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 45 (quarenta e cinco) anos de prisão.
A Operação Odysseus foi assim batizada em referência à emblemática figura da mitologia grega, Odisseu (Ulisses), representando a jornada dos investigadores para a identificação do esquema criminoso.
