Por Cartão de Visita News
São Paulo, 06 de novembro de 2020 - Brasil - Enquanto muitas carreiras se constroem sob a lógica da ascensão linear, Alessandra Alves Ferreira escolheu outro caminho — menos previsível, mais corajoso. Após consolidar-se como referência no setor bancário, com passagem por instituições como Santander e Itaú Unibanco, ela decidiu que seu conhecimento não deveria permanecer restrito a salas de reuniões ou plataformas digitais. Ele precisava chegar às salas de aula. E assim nasceu o Multiplicando Sonhos, um projeto que hoje muda realidades em escolas públicas e privadas do Brasil.
Essa escolha não significou uma ruptura com sua atuação executiva. Pelo contrário: Alessandra soube integrar o que aprendeu liderando equipes e sistemas complexos com uma causa maior — levar educação financeira estruturada a quem nunca teve acesso. Hoje, ela lidera quatro squads de tecnologia voltados à performance digital no Itaú, e ao mesmo tempo, coordena iniciativas sociais que já impactaram centenas de jovens e educadores.
“Liderar, para mim, é alinhar estratégia com sensibilidade. É entender os dados e ouvir as pessoas. Só assim conseguimos gerar mudanças reais.”
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Alessandra Santos é a terceira, da direita para esquerda na foto, ao lado do rapaz de blusa vermelha. Foto: Divulgação |
Uma transição ousada, mas fundamentada
A trajetória de Alessandra poderia ter seguido o roteiro tradicional do sucesso executivo. Em 2014, atuando como gerente de contas no segmento empresarial, decidiu migrar para a área de investimentos — e logo buscou qualificação na Fundação Getulio Vargas, uma das instituições mais prestigiadas da América Latina. Lá, seu projeto final ganhou diploma de Honra ao Mérito e foi selecionado entre os 11 melhores trabalhos de MBA da FGV no mundo, figurando na publicação “Os Melhores Projetos de 2016”.
Essa conquista não foi apenas um reconhecimento acadêmico. Foi o impulso necessário para uma virada de propósito.
“Aquele projeto me mostrou que conhecimento técnico pode ser ferramenta de transformação social. A partir dali, entendi que eu precisava agir fora dos limites do mercado financeiro tradicional.”
Multiplicando sonhos, enfrentando realidades
O projeto que ela cofundou ao lado de Evandro Mello carrega no nome sua própria missão: Multiplicando Sonhos. Mais do que palestras ou cartilhas, o modelo criado por Alessandra leva uma abordagem ativa e prática de educação financeira para jovens de diferentes contextos. Os alunos são expostos a simulações de orçamento familiar, decisões de consumo, investimentos e até planejamento de vida.
“A educação financeira é uma linguagem de poder. E negar isso às nossas crianças é condená-las à dependência.”
Durante a pandemia, mesmo com as escolas fechadas, o projeto não parou. Adaptou-se. Promoveu lives com nomes relevantes do mercado, criou espaços de escuta e manteve vivo o vínculo com os estudantes e professores.
Com a reabertura e capacidade reduzida de até 35% de alunos em sala de aula das instituições, o retorno presencial gradual foi marcado por ações simbólicas — como a retomada das atividades na Escola Estadual Professor Simão Mathias, em São Paulo, que se tornou símbolo da resiliência do projeto e da força da liderança de Alessandra.
A força da liderança que integra mundos
É raro encontrar líderes que transitam com igual fluidez entre o universo técnico da performance digital e o chão de escola da educação pública. Alessandra é esse tipo raro de liderança.
No Itaú, sua atuação impacta diretamente os fluxos de atendimento digital e as métricas de eficiência em jornadas de alto tráfego. Fora dos muros corporativos, sua influência se materializa em jovens que aprendem a poupar, planejar, e sonhar com autonomia.
“Liderar não é apenas ocupar espaços. É construir pontes entre mundos que raramente se encontram.”
O futuro como compromisso
Alessandra Alves Ferreira representa uma nova geração de lideranças femininas que não dissociam competência de propósito. Em vez de escolher entre carreira ou impacto, ela criou um caminho em que um alimenta o outro. Sua história inspira não apenas pelo que conquistou, mas pela maneira como transforma suas conquistas em plataformas de inclusão.
“Cada vez que uma menina entende que pode controlar seu próprio dinheiro, seu próprio futuro, eu vejo um mundo diferente nascendo.”
É esse tipo de transformação silenciosa — persistente, replicável, profunda — que define as lideranças que não apenas ocupam cargos, mas criam legados.