Especialista Dr. Paulo Boarini também dá dicas de alimentação para esses pacientes.
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Dr. Paulo Boarini, cirurgião e coloproctologista | Foto: Divulgação |
As doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, têm se tornado cada vez mais comuns e exigem atenção especializada para diagnóstico precoce e controle eficaz. O cirurgião e coloproctologista Dr. Paulo Boarini, referência nacional e internacional na área, explica as principais diferenças entre essas duas condições, além de alertar sobre sintomas, cuidados e qualidade de vida dos pacientes.
“As doenças inflamatórias intestinais são imunomediadas, ou seja, causadas por uma agressão do próprio sistema imunológico, resultando em processos inflamatórios”, afirma o especialista. “No caso da Doença de Crohn, ela é transmural, atingindo todas as camadas do intestino — da mucosa à serosa — de forma contínua ou descontínua, podendo afetar o intestino delgado, o cólon, o reto ou outras partes do trato digestivo. Isso pode causar fístulas, abscessos e estreitamentos.”
Já na Retocolite Ulcerativa, o padrão inflamatório é mais localizado. “É uma inflamação contínua que atinge apenas a mucosa do reto e do cólon, nunca de forma intercalada, o que a diferencia da Crohn.”
Os sinais clínicos podem variar conforme a fase da doença. “Na fase inicial, os sintomas mais comuns são cólicas, diarreia com muco e sangue, tenesmo — aquela vontade constante de evacuar —, além de sangramentos. Em casos mais avançados, podem surgir fístulas, abscessos perianais, obstruções intestinais, desnutrição, emagrecimento e anemia”, explica Dr. Paulo, alertando para a importância de procurar um especialista diante desses sinais.
Apesar de não haver cura definitiva, o tratamento pode proporcionar qualidade de vida. “Essas doenças não têm cura, mas têm controle. O objetivo é diminuir a agressão do sistema imune e bloquear a cascata inflamatória. Imunossupressores e imunobiológicos são os tratamentos de excelência atualmente, com grande eficácia em evitar complicações. O tratamento precoce é fundamental para garantir uma vida saudável.”
A alimentação também influencia diretamente no controle das crises. “Alimentos processados e ultraprocessados, condimentos e industrializados em geral são vilões. É importante adotar uma dieta com pouca fritura, pouco condimento, evitar o excesso de leite e sementes. Quanto mais natural e equilibrada a alimentação, melhor para o controle da doença.”
Mesmo com o diagnóstico, é possível viver com normalidade. “O segredo está no diagnóstico e tratamento precoces. Isso evita complicações e, muitas vezes, cirurgias desnecessárias. Em alguns casos, a cirurgia é indicada para remover uma parte comprometida do intestino, permitindo um controle mais eficiente da doença. Mas o paciente controlado leva uma vida absolutamente normal.”
Com atuação em São Paulo e uma carreira marcada por formações nos Estados Unidos, Itália e Alemanha, Dr. Paulo Boarini alia conhecimento técnico e abordagem humanizada no cuidado de doenças intestinais e anorretais. Seu compromisso é oferecer tratamentos modernos e personalizados que devolvam bem-estar e qualidade de vida aos pacientes.
Mais informações no Instagram: @pauloboarini