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Oncologista destaca relação entre câncer e doenças crônicas

20 de Junho de 2025

Dr. Rafael Onuki Sato explica que pacientes crônicos desafiam tratamento do câncer.

Foto: Divulgação

 A relação entre doenças crônicas e câncer é cada vez mais clara para a medicina moderna. De acordo com o cirurgião oncológico Dr. Rafael Onuki Sato, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, condições como obesidade, diabetes e hipertensão não são apenas problemas isolados, mas parte de um sistema de riscos interligados. “A obesidade e o diabetes tipo 2, por exemplo, estão associados a um estado inflamatório crônico no organismo. Essa inflamação favorece alterações celulares que aumentam o risco de câncer ao longo do tempo”, explica o especialista.

Segundo o Dr. Rafael, pacientes com essas doenças têm maior probabilidade de desenvolver câncer de cólon, mama (após a menopausa), endométrio, esôfago, rim, pâncreas e fígado. “Além disso, o diabetes pode prejudicar a resposta imune e hormonal do corpo, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de tumores.”

No tratamento do câncer, as doenças crônicas representam mais um desafio. “Pacientes com essas condições geralmente toleram menos os tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia, porque já têm órgãos e sistemas comprometidos. O diabetes mal controlado, por exemplo, aumenta o risco de infecção e dificulta a cicatrização cirúrgica. Já a obesidade pode complicar exames de imagem, tornar cirurgias mais difíceis e aumentar o risco de trombose”, destaca.

Por outro lado, a prevenção e o controle das doenças crônicas contribuem diretamente para a prevenção do câncer. “Manter o peso, controlar glicose e pressão, ter uma alimentação saudável, praticar atividade física e parar de fumar são medidas que ajudam a evitar as duas condições. O acompanhamento médico também permite detectar tumores em estágios iniciais.”

Dr. Rafael reforça que pessoas com doenças crônicas e histórico familiar de câncer devem redobrar a atenção. “Esses pacientes precisam iniciar exames de rastreamento mais cedo e com maior frequência. Em alguns casos, a avaliação genética é indicada, principalmente quando há vários casos de câncer na família ou diagnósticos em idade jovem. Além disso, o controle rigoroso das doenças de base é essencial para evitar a progressão de lesões.”

Entre os sinais de alerta que não devem ser ignorados por quem já convive com uma doença crônica estão a perda de peso involuntária, sangramentos anormais, dores persistentes, nódulos, alterações intestinais ou urinárias recentes e um cansaço sem explicação. “Esses sintomas podem ter diversas causas, mas é fundamental investigar para afastar qualquer possibilidade de câncer e, se for o caso, iniciar o tratamento o quanto antes.”

Dr. Rafael Onuki Sato é cirurgião oncológico com formação sólida em instituições de referência como o Hospital de Câncer de Barretos. Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, atua com foco em tumores gastrointestinais e ginecológicos, aliando técnica cirúrgica de excelência ao cuidado humanizado. Com passagens por centros de destaque em São Paulo e Londrina, também é preceptor de residência médica, contribuindo para a formação de novos especialistas.

Mais informações: @dr.rafaelonukisato

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