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Inverno intensifica crise respiratórias e aumenta demanda por tratamento adequado

18 de Junho de 2025

Com crescimento de quase 8% ao ano, fisioterapia respiratória é peça-chave para reduzir internações e melhorar a recuperação de pacientes no Brasil

Com a chegada do inverno, cresce significativamente o número de casos de doenças respiratórias no Brasil, elevando a necessidade de fisioterapia especializada para reabilitação pulmonar. Segundo o fisioterapeuta Alexandre Peres, referência nacional na área, o momento exige atenção redobrada para prevenir complicações e promover a recuperação eficiente dos pacientes.

“O inverno traz um aumento natural nas infecções respiratórias, como bronquite, asma e também nas sequelas da Covid-19. Nessas situações, a fisioterapia respiratória é fundamental para melhorar a capacidade pulmonar, facilitar a eliminação de secreções e fortalecer a musculatura respiratória. Isso reduz internações e evita tratamentos mais invasivos”, explica Peres.

Dados recentes da Global Industry Analysts apontam que o mercado global de fisioterapia cresceu quase 8% ao ano, movimentando mais de US$ 525 milhões em 2023, com projeção de ultrapassar US$ 893 milhões até 2030. Esse crescimento é impulsionado, sobretudo, pelo envelhecimento populacional e pelo aumento da demanda por reabilitação, que se intensifica especialmente durante as estações frias.

Além da prática clínica, a adoção de tecnologias como teleatendimento e plataformas digitais tem ampliado o acesso aos serviços, facilitando o acompanhamento remoto e a continuidade do tratamento para pacientes com mobilidade reduzida ou em isolamento.

Para Alexandre Peres, o desafio atual não é apenas atender à crescente demanda, mas garantir que a oferta de fisioterapeutas no Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhe essa necessidade. “É essencial que haja investimentos e políticas públicas para ampliar a rede de fisioterapeutas no SUS, especialmente nas regiões mais carentes, para que o tratamento respiratório de qualidade seja acessível a toda população”, afirma.

Especialistas reforçam que a fisioterapia respiratória é uma estratégia eficaz para a saúde pública, principalmente em períodos de maior vulnerabilidade, como o inverno, quando as doenças respiratórias agravam e pressionam o sistema de saúde.

Sobre

Alexandre Peres é fisioterapeuta especializado na saúde do idoso, com formação pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva (IMES-SP) e atuação no Brasil e na Austrália. Com mais de duas décadas de experiência clínica, desenvolveu uma abordagem integrativa e personalizada, especialmente voltada para pacientes com comorbidades complexas e limitações funcionais.

Na Austrália, onde reside, atua em serviços de cuidado domiciliar com foco em reabilitação geriátrica, aplicando protocolos que aliam técnica, empatia e promoção da autonomia. Sua prática é reconhecida por resultados significativos na melhora da qualidade de vida de idosos, na prevenção de quedas e na redução de internações. Também mantém constante atualização em áreas como fisioterapia respiratória, ortopédica e neurológica, reforçando seu compromisso com tratamentos humanizados e baseados em evidências.

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