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Foto: Divulgação |
Num fim de semana marcado por brindes, descobertas e muitos goles bem servidos, fui conferir de perto a 12ª edição do Vinhos de Portugal, que aconteceu entre os dias 13 e 15 de junho, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O evento, promovido pelos jornais O GLOBO, Valor Econômico e Público, em parceria com a ViniPortugal, é considerado o maior festival de vinhos portugueses fora de Portugal — e, neste ano, bateu recorde de público: mais de 17 mil pessoas participaram das edições carioca e paulistana, superando os 16 mil visitantes de 2024.
Assim que cheguei ao Salão de Degustação, percebi que estava entrando em um verdadeiro universo de aromas, sabores e histórias. Eram cerca de 80 produtores reunidos, trazendo rótulos de regiões consagradas como Douro, Alentejo, Dão, Lisboa, Península de Setúbal, Beira Interior, Tejo, Vinhos Verdes e Porto. Ao todo, mais de 650 vinhos estavam disponíveis para degustação, divididos em sessões temáticas e livres.
Em sua 12ª edição, o evento oferece duas experiências principais ao público: as salas de degustação, com 10 sessões em São Paulo, e as provas temáticas, que este ano contaram com 16 sessões exclusivas no Rio de Janeiro. Cada sessão dura duas horas e permite que os visitantes experimentem diversos estilos de vinhos, com liberdade para circular, conversar com os produtores e comparar diferentes terroirs. A primeira sessão da sexta-feira foi reservada exclusivamente a profissionais do setor — sommeliers, compradores, jornalistas especializados e importadores.
Os ingressos para o evento foram disponibilizados com valores a partir de R$ 170 para as salas de degustação e R$ 300 para as provas temáticas, que são conduzidas por especialistas e oferecem uma imersão mais aprofundada em temas como harmonização, envelhecimento, castas autóctones e particularidades das regiões produtoras.
No domingo (15), enquanto o sol do fim da tarde atravessava as grandes janelas do Pavilhão da Bienal, o clima era de celebração e reencontro. Durante minha visita, tive a alegria de rever amigos e profissionais do universo do vinho — enólogos, sommeliers, donos de distribuidoras e importadoras — com quem compartilhei boas conversas, histórias e, claro, muitas taças.
Entre um gole e outro, fui transportada de norte a sul de Portugal sem sair de São Paulo. Provei brancos vibrantes de Vinhos Verdes, tintos intensos do Douro e até um elegante Moscatel de Setúbal. Também me surpreendi com pequenos produtores artesanais, que trouxeram rótulos de vinhedos pouco conhecidos, mas cheios de identidade e autenticidade.
O Vinhos de Portugal não é apenas um festival — é uma celebração da cultura, da tradição e da paixão que une Brasil e Portugal. Mais do que degustar vinhos, tive a oportunidade de viver uma experiência sensorial completa, conversar com especialistas, ampliar meu repertório e, claro, brindar boas histórias.
Se você é apaixonado por vinho ou apenas curioso, fique de olho: esse é o tipo de evento que vale a pena colocar na agenda. Eu saí encantada — e com vontade de repetir a dose na próxima edição.
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