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Visitamos o novo parque da Universal antes da inauguração: uma mistura de encanto e frustração

20 de Maio de 2025
Foto: Divulgação

Por Mayne Galassi

A tão aguardada estreia do Epic Universe, novo parque temático da Universal em Orlando, está marcada para o dia 22 de maio, mas tivemos a chance de visitá-lo durante a pré-abertura

— e a experiência deixou claro que há ainda um longo caminho a percorrer antes que ele esteja realmente "épico".

Chegamos cedo, por volta das 8h30 da manhã, e mesmo com as atrações começando apenas às 9h, o parque já permitia a entrada. Logo de cara, fomos ao que seria o principal destaque: o mundo de Harry Potter. Infelizmente, ali já começava a primeira de muitas frustrações. A fila se estendia para fora da atração, com um funcionário segurando uma placa alertando que, daquele ponto em diante, a espera seria de pelo menos 500 minutos — sim, mais de 8 horas.

Optamos por seguir para o mundo Dark, onde a montanha-russa estava fechada. A única atração em funcionamento era a do Drácula. Seguimos então para o muito esperado mundo da Nintendo, onde mais uma decepção nos aguardava: a famosa atração do Mario Kart estava fechada pela manhã. Restava o Donkey Kong, que apesar de enfrentar atrasos, conseguimos finalmente experimentar — e foi um dos pontos altos do dia.

A montanha-russa principal do parque, a Star Dust, também estava inoperante durante toda a manhã. Já o mundo do Dragão, com atrações mais voltadas ao público infantil, estava inteiramente funcionando, mas sem grandes emoções ou destaques marcantes.

Durante o dia, tentamos cinco vezes retornar à atração de Harry Potter, sem sucesso. A espera variava entre 200 minutos ou delays constantes, até que, por volta das 15h, a atração foi oficialmente colocada em "delay" indefinido. Às 17h, funcionários começaram a dispersar os visitantes que ainda aguardavam na fila externa.

Além dos problemas técnicos e fechamentos, o parque sofre com um problema estrutural grave: a falta de sombra. O calor escaldante da Flórida se tornou um vilão à parte. Enquanto caminhávamos pelo parque, havia poucos lugares para se proteger do sol, o que é especialmente preocupante com o verão e as férias escolares se aproximando.

Um ponto positivo foi a disponibilidade de água gratuita nas máquinas de refrigerante espalhadas pelo parque. Mesmo sem o copo de refil pago, é possível se hidratar à vontade, o que foi essencial diante das altas temperaturas.

Encerrando o dia, com duas atrações canceladas e várias experiências comprometidas, procuramos o atendimento ao cliente (Guest Services), onde a resposta recebida nos deixou especialmente preocupados: “A Universal vende entradas para o parque Epic, mas não garante que as atrações estarão funcionando.”

Essa frase resume bem o sentimento de incerteza que permeou toda a nossa visita. O parque ainda não estava nem a 1/3 de sua capacidade total, e já era visível o impacto da combinação entre infraestrutura incompleta, atrações fechadas e calor extremo. Como será, então, a partir de 22 de maio, com o parque operando em alta temporada?

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