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Com a alta carga tributária e um mercado cada vez mais competitivo, muitos profissionais têm trocado a carteira assinada por um CNPJ. Mas a dúvida permanece: a partir de qual salário compensa ser PJ?
A resposta não é trivial e vai muito além da matemática. Envolve impostos, benefícios, segurança jurídica e até o estilo de vida profissional. Este artigo investiga os bastidores dessa escolha e traz um panorama claro para quem está diante da decisão.
A ascensão do regime PJ
Ao longo das últimas décadas, a chamada "pejotização" se tornou prática comum em profissões com alta qualificação técnica e salários elevados. Desenvolvedores, consultores, designers, engenheiros, médicos e gestores de projetos estão entre os mais afetados. O que essas carreiras têm em comum? Salários geralmente acima de R$ 10 mil, alta especialização e muita autonomia.
E é exatamente aí que surge o dilema: vale mesmo a pena virar PJ? Ou isso só beneficia o patrão?
O ponto de virada: quando o salário começa a pesar no bolso
De acordo com André Aranha, criador do blog ContratoPJ.com.br e autor do livro Trabalhando como PJ – O Guia Prático da Pejotização, a resposta está nos números: a partir dos R$ 7.000 mensais, a contratação como PJ começa a fazer sentido.
Isso porque, nessa faixa, o profissional CLT já paga a alíquota máxima de Imposto de Renda (27,5%). Enquanto isso, o PJ — desde que bem assessorado — pode pagar menos de 10% de imposto, utilizando estrategicamente o Simples Nacional.
A economia anual pode ultrapassar os R$ 15 mil, mesmo considerando a perda de benefícios como 13º salário e FGTS. Mas atenção: a pejotização só vale a pena com um bom acordo, e quando o salário oferecido como PJ realmente compensa os encargos da CLT que serão deixados para trás.
Como saber se a proposta é vantajosa?
A regra de bolso básica, segundo André Aranha, é a seguinte: se a proposta PJ não oferece uma remuneração pelo menos 20% superior à CLT, não compensa! Para muitas pessoas, 20% ainda é pouco. Por isso, o ideal é fazer uma análise individualizada com contas mais detalhadas.
Pensando nisso, o blog Contrato PJ oferece uma ferramenta gratuita que já ajudou mais de 150 mil profissionais: a Calculadora CLT x PJ. Com ela, é possível comparar os dois regimes considerando os custos do patrão e do profissional, levando em conta todas as leis em vigor.
Mais do que números: o fator psicológico
A decisão de virar PJ não é apenas tributária — também envolve estilo de vida e maturidade profissional. Profissionais PJ precisam se organizar melhor financeiramente e fazer provisões.
Por outro lado, ficam livres de uma carga tributária esmagadora, de manter dinheiro preso no FGTS, e consequentemente, têm mais dinheiro para aplicar nos seus próprios planos, como previdência privada e investimentos pessoais.
Quem é André Aranha?
Profissional de TI e projetos, André Aranha abriu seu primeiro CNPJ aos 19 anos e desde 2015 publica conteúdo no blog Contrato PJ — o maior site do Brasil sobre pejotização. Sua abordagem pragmática, com experiência própria e sem juridiquês, conquistou a confiança de milhares de leitores.
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Após alguns anos, o blog deu origem à Contrato PJ Serviços, a primeira contabilidade especializada em profissionais PJ. “A ideia é falar a língua de quem trabalha como PJ e trazer clareza onde os contadores tradicionais complicam”, afirma.
Conclusão
A pejotização pode ser um bom negócio, desde que o profissional esteja informado, bem assessorado e receba um salário justo por abandonar as garantias trabalhistas. A partir de R$ 7.000 por mês, já pode compensar ser PJ, mas a análise deve ser feita caso a caso.
Para ajudar nessa decisão, baixe gratuitamente a Calculadora CLT x PJ no site www.contratopj.com.br/calculadora. Com ela, você não só entende a matemática da pejotização, mas ganha autonomia para negociar com seu patrão — e com o próprio futuro.