Brasil deve registrar mais de 11 mil novos casos até 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Dr Diocésio Andrade, oncologista | Foto: Divulgação |
Durante o mês de maio, a atenção se volta para a conscientização sobre os tumores cerebrais – doenças altamente letais, muitas vezes silenciosas, e que exigem atenção aos sinais para garantir um diagnóstico precoce e melhores chances de tratamento.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 11.490 novos casos de tumores cerebrais em 2025. Sem considerar os cânceres de pele não melanoma, o tipo de câncer ocupa a 11ª posição entre os mais frequentes no país. A doença também é a segunda causa mais comum de neoplasia entre jovens de 15 a 39 anos.
“O tumor cerebral pode se formar tanto no cérebro quanto na medula espinhal, e seus sintomas variam muito conforme a área afetada. Por isso, é fundamental estar atento a sinais como dores de cabeça persistentes, convulsões, tonturas, perda de equilíbrio, problemas de visão, fala ou memória, e até alterações motoras”, alerta o oncologista Diocésio Andrade.
A detecção precoce é fundamental para o êxito do tratamento, que pode incluir intervenções como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Na maioria dos casos, o procedimento cirúrgico é o ponto de partida e, muitas vezes, representa a única possibilidade de cura. Por isso, quanto mais rapidamente o tumor for detectado, maiores serão as chances de um desfecho favorável para o paciente”, explica o médico.
Apesar de não haver uma forma garantida de prevenir o câncer cerebral, alguns hábitos de vida saudáveis podem ajudar a reduzir os riscos, entre eles: manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool e a exposição a substâncias tóxicas.
“O Maio Cinza é uma oportunidade para disseminar informação e incentivar a população a buscar orientação médica diante de qualquer sintoma persistente”. “Em casos de suspeita, não devemos esperar. Quanto mais cedo o paciente procurar ajuda, maiores as chances de tratamento eficaz e, em alguns casos, até de cura”, finaliza o oncologista.