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PF e MPSP cumprem mandados de prisão contra grupo que adulterava combustíveis com metanol

17 de Abril de 2025

Segunda fase da Operação Boyle mira organização criminosa envolvida em adulteração de etanol e gasolina, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos

Foto: Divulgação/ PF

São Paulo/SP. Na manhã desta terça-feira (15/4), Polícia Federal em São Paulo, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (GAECO-SP), deflagrou a segunda fase da Operação Boyle. O objetivo é combater uma organização criminosa suspeita de utilizar álcool metílico (metanol) de forma irregular na adulteração de combustíveis fornecidos aos consumidores. Nesta fase, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva.

A primeira fase da operação ocorreu em fevereiro de 2024, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André, Poá, Arujá e Bertioga.

As investigações identificaram organizações criminosas atuantes no setor de combustíveis, especialmente por meio da adulteração de etanol e gasolina com metanol, prática que inclui também a constituição de empresas de fachada para lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos visando à manutenção do esquema criminoso.

No início de abril de 2025, o GAECO ofereceu duas denúncias contra um dos grupos investigados, composto por 16 pessoas, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de requerer a fixação de valor mínimo para reparação de dano moral coletivo.

Em 9/4/2025, o Poder Judiciário recebeu as denúncias e deferiu diversas medidas cautelares, entre elas:

- Alienação antecipada dos bens sequestrados;

- Sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas;

- Suspensão das atividades econômicas de postos de combustíveis envolvidos e empresas utilizadas para ocultação de patrimônio;

- Prisão preventiva de seis réus, incluindo os líderes do grupo;

- Medidas cautelares diversas da prisão para outros dez denunciados.

Na ação desta terça-feira, foram cumpridos cinco dos seis mandados de prisão preventiva. Um dos réus não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.

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