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Resiliência para mais inteligência emocional

13 de Dezembro de 2024
Simone Silveira dos Santos | Foto: Divulgação/ PressWorks

A inteligência emocional - capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e lidar com as dos outros de forma empática- é uma habilidade essencial para navegar pelos desafios da vida moderna. Entretanto, alcançar esse equilíbrio exige mais do que habilidades naturais. É preciso resiliência.

E engana-se quem pensa que a inteligência emocional só é necessária para as relações pessoais. Uma pesquisa do PageGroup indicou que ela é a segunda habilidade mais valorizada por líderes de grandes empresas na América Latina.

Mais dados: de acordo com um estudo do Dr. Travis Bradberry, esta habilidade é responsável por cerca de 58% do desempenho profissional. Ou seja, ser inteligente emocionalmente é importante para ter sucesso não apenas no círculo próximo, mas também no ambiente de trabalho.

O ritmo acelerado da vida contemporânea tem testado essa habilidade em muitas pessoas. A constante exposição a estímulos, prazos apertados e cobranças constantes tem rondado as pessoas mais reativas e menos reflexivas. Além disso, a ansiedade e esgotamento tornam-se comuns, dificultando tanto a autorregulação emocional quanto a empatia. Sem resiliência, essas pressões nos afastam de decisões assertivas.

E de que forma a resiliência nos ajuda a manter a clareza em momentos de crise?.

Em vez de tomar decisões impulsivas, ela nos permite transformar obstáculos em oportunidades de aprendizado. Por outro lado, sua ausência pode gerar comportamentos dominados por emoções como medo e frustração e, nessas condições, a empatia e a comunicação se enfraquecem, prejudicando os relacionamentos e ocasionando resultados por vezes catastróficos.

Para fortalecer tanto a resiliência quanto a inteligência emocional, é necessário adotar hábitos simples e produtivos, entre eles, praticar a gratidão, buscar descanso adequado e cuidar do corpo. Reflexões sobre lições aprendidas e a prática de empatia no dia a dia também ajudam a cultivar um espírito resiliente. E, claro, paralelamente, combater pensamentos negativos (autocrítica excessiva), porque são eles que bloqueiam o progresso.

Vejo que, no futuro, teremos muitos desafios por conta dos avanços tecnológicos cada vez mais intensos que vivemos. Dentro deste contexto, a desconexão emocional parece ser uma ameaça crescente, mas com educação emocional e espiritual, há esperança de reverter esse cenário e construir uma sociedade mais empática.

Resiliência e inteligência emocional não são apenas ferramentas para lidar com crises, mas sim para abrir caminhos para a realização pessoal e coletiva.

Por fim, a resiliência é acessível a todos, a qualquer momento da vida. Como habilidade aprendida, ela permite que cada um de nós se transforme e cresça. Sob uma perspectiva cristã, essa jornada é também uma forma de demonstrar amor ao próximo e confiança em Deus, fortalecendo nossa fé e coragem.

Que possamos cultivar essas virtudes diariamente, criando um legado de equilíbrio emocional e espiritual que inspire as gerações futuras.

*Simone Silveira dos Santos é Enfermeira, Professora Universitária, Mentora de Desenvolvimento, esposa, mãe, filha, atleta amadora e Cristã.

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