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Fabrício Mascate lança álbum de estreia que transita sem receios entre o erudito e o popular

1 de Novembro de 2024

Formado em música por renomados conservatórios, artista ultrapassa falsas fronteiras entre estilos para compor sua poética delicada

Fabricio Mascate surge em um momento propício para a música brasileira. Em um cenário mainstream saturado de pressa mercadológica, cantor, compositor e músico destila calma e delicadeza poética com o lançamento de seu primeiro álbum, intitulado “Flor e Ser”. A influência sonora acumulada pelo artista combina com coesão canções que se assentam sem estranheza por gêneros como a música “erudita”, música caipira, baião e xote, englobando dez faixas de pura inspiração autoral.

Para promover o álbum, Fabricio Mascate vai se apresentar dia 2 de novembro, no CEU Taipas, em São Paulo. O músico será acompanhado dos talentosos músicos Fernanda Cunha  (Flauta Transversal), João Carlos (Violino), Danilo Vicente (Viola Caipira) e participação especial da cantora Gabriellê.

 “O som será idêntico ao gravado no disco, o que me deixa muito satisfeito”, conta Fabricio. Este será o segundo de três shows Todas as apresentações contam com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas e do Programa de Ação Cultural - ProAC.  

Composto por dez faixas,  “Flor e Ser” registra o íntimo de Fabricio Mascate através do antes, durante e do pós-pandemia, período que marca a humanidade e que foi momento de reflexão e maturação artística do cantor. O álbum se amarra como um diálogo, uma observação de dentro para fora, abrindo com a quase incidental “8594-10 Praça Ramos”, inspirada em uma linha de ônibus da capital paulista e por influências artísticas díspares. “Pensei e Racionais e Dream Theater, que em muitas faixas existem diálogos que introduzem e finalizam as músicas, para dar o contexto sobre o que eles falam. Aí tive essa ideia: e se o álbum se passasse dentro de uma viagem de ônibus?”, conta o cantor.

Todas as faixas receberão videoclipes com temática fantástica interligando a história do álbum. “Os clipes interligam tudo por um contexto. No clipe de Soturno, por exemplo, usamos a figura da moira, uma figura que costura  o fio da vida. Por isso pensamos nela colocando o disco para escutar e metaforicamente fazer a costura entre cada música. No último, ela corta o fio da vida, fechando um ciclo”, explica Fabricio.

Abrindo espaço para inspirações românticas, vem “Soturno I”, fruto de um encontro intenso com uma musa inspiradora que dividia a mesma admiração por Op.27 Noturno Nº1 em C sustenido menor, de Chopin.

Entre as faixas já lançadas está “Durma em Paz”, uma singela canção de despedida que constrói com o dueto feminino de Gabriellê uma crônica sobre términos. “Dorme em paz, meu amor, à espera do fim”, diz a letra resignada. A faixa é seguida pelo realismo fantástico de “Bença, Dindinha Lua!”, canção que evoca a nostalgia das histórias sobrenaturais que os avós contavam na roça e o respeito que inspiram nos mais novos. Como uma pérola que encorpa a composição, a sanfona de Mestrinho, herdeiro espiritual de Dominguinhos. “Numa noite, peguei o violão e toquei um acorde de ré maior, instantaneamente a imagem de uma lua cheia gigante e brilhante veio à minha cabeça. Me lembrei das histórias da vovó e da minha mãe, e o restante da composição, eu só deixei fluir”, conta Fabricio.

O repertório autoral expressa o universo pessoal do músico, homem negro que nem sempre sonhou viver da música, mas foi conduzido para essa forma de expressar desejos e sonhos. Fabricio Mascate está convicto de que chegou a um resultado final satisfatório em “Flor e Ser”. O artista seguirá com as apresentações, matando a saudade dos palcos e explorando o sentido das canções do álbum sendo compartilhado com outras pessoas.

“É incrível colocar um álbum no mundo. Sei que na cena independente tem muita gente na luta para conseguir fazer algo assim, então eu me dediquei totalmente a entregar algo de qualidade. Eu espero que as pessoas ouçam e se sintam tocadas, que as harmonias, as letras, as intenções sejam apreendidas da forma mais generosa possível. É tudo que um compositor deseja”, conclui Fabricio.

SERVIÇO 

SHOW NO CÉU TAIPAS

DIA: 02 DE NOVEMBRO 

HORÁRIO: 18H00

LOCAL: CEU TAIPAS – Profª Maria Beatriz Nascimento

ENDEREÇO: R. João Amado Coutinho, 240 - Conj. Res. Elisio Teixeira Leite, São Paulo - SP, 02815-000

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