Ator com 18 anos de carreira, oito deles dedicados ao teatro musical, é um dos nomes fortes nos últimos anos do segmento com papéis como o monstro de “O Jovem Frankestein” e o Almirante Von Schreiber da última versão de “A Noviça Rebelde”
Hamilton Dias e Dani Calabreza em O Jovem Frankestein |
Créditos: André Wanderley |
Com 18 anos de carreira, oito deles dedicados ao teatro musical, o ator Hamilton Dias chega mais uma vez aos palcos com um papel de destaque, ele vive Zé Fortes, empresário do grupo e considerado o quarto Paralama, em “VITAL – o musical dos Paralamas”.
- O Zé Fortes é considerado o quarto Paralama, assim como Herbert, Bi e Barone, ele tem uma importância enorme para construção da banda. Sendo amigo, empresário, e parte fundamental na história do grupo. Tanto o diretor Pedro Brício, como a autora da peça, a Patrícia Andrade, mostram a grande importância dele nessa trajetória de 40 anos de uma das maiores bandas que temos no Brasil – complementa.
Para dar vida a Zé, o ator passou por três dias de audições e na hora da decisão sobre a escolha em quem iria fazer o papel do empresário um impulso de Hamilton o ajudou na decisão final.
- Nos três dias de audição foram mais de 500 candidatos a 10 vagas no elenco. Foi uma das audições mais divertidas e animadas que fiz. Eu estudo, toco violão e piano desde muito novo, ainda tinha cabelos (risos). E uma das primeiras músicas que tirei no violão foi “Onde quer que eu vá”, o diretor, Pedro Brício, perguntou se eu sabia tocar a música “Óculos”, falei que não e fui cara de pau e perguntei se poderia tocar uma das primeiras músicas que eu aprendi na vida, ele deixou e sinto que talvez esse meu impulso tenha ajudado bastante! – explica.
O intérprete do empresário da banda fez pesquisas sobre o seu personagem buscando em documentários mais características sobre Fortes.
- Os Paralamas tem documentários bem ricos e isso me ajudou bastante a entender como poderia ser o Zé Fortes. Assisti muitas vezes os docs: “Quatro Paralamas”, “Bios” e “O Herbert de perto”, o que ajudou a entender a importância dele no grupo, além de tentar entender como ele poderia ser representado no teatro, por não ser o cara que se apresenta nos palcos esse foi um grande desafio pra mim. O próprio Zé foi assistir um ensaio da peça e tive a sorte de poder o conhecer um pouco melhor. Fiquei mega nervoso, mas pra nossa felicidade ele estava gostando da peça e ainda recebi a benção, do próprio. Ele estendeu a mão me olhou e disse: “Boa Sorte Zé!”, me emocionei e sigo aqui com essa benção – diz.
O carioca de 37 anos revela que o amor aos amigos e a felicidade em vê-los felizes é uma das características que o assemelha ao quarto Paralama, além disso, ser uma pessoa que corre atrás para fazerem as coisas aconteceram também o aproxima do empresário da banda.
Fã desde pequeno do grupo, Hamilton aprendeu músicas deles ainda criança.
- São tantos sucessos, acho que sou de momentos, minha favorita agora é “Quase um Segundo”, mas já foi “Uma Brasileira”, “Meu Erro”, “Cuide Bem do seu amor”, que aliás, canto quase um segundo no musical em uma versão em Espanhol – revela.
São pouco mais de oito anos no teatro musical, mas o ator já deixou uma marca forte dentro do setor e é reconhecido por seu trabalho.
- Posso destacar, “O Jovem Frankestein”, com direção de Charles Möeler, que fiz em 2023 e 2024, onde fiz um dos meus primeiros protagonistas no musical ao Lado de Dani Calabresa, Marcelo Serrado. Fazia o monstro, e tinha que fazer uma maquiagem de 3h para a personagem, além de sapatear, atuar e cantar. Perdi 14kg fazendo a peça. A partir desse trabalho muitas portas se abriram. Após ele vivi o Almirante Von Schreiber em “A Noviça Rebelde”, que foi o primeiro musical que vi na vida. Destaco também “Céu estrelado - O musical”, em 2022, uma produção totalmente brasileira com direção de João Fonseca. Nele fiz o personagem Jhonny e foi em um momento pós pandemia, onde precisava trabalhar e estava recebendo tantos nãos. Esse sim foi importante demais pra minha vida – relata.
No audiovisual Hamilton tem trabalhos em séries e filmes de comédia, outro ponto forte seu.
- Em 2012 fiz a série “Estranha Mente” de Fernando Caruso no Multishow, na época eu era aluno dele no seu workshop de comédia. No cinema estive em “Tamo Junto” (2016), “Ana e Vitória” (2018) e “Tá Escrito” (2023), todos de Matheus Souza, em 2020 fiz “Não vamos pagar nada”, com direção do João Fonseca – completa o ator.
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