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Exposição Hóspede na Casa Museu Ema Klabin vai até dia 20 de outubro

15 de Outubro de 2024

Com curadoria de Gilberto Mariotti, série apresenta obras de Mônica Coster e Estela Sokol em diálogo com a Coleção Ema Klabin

Estela Sokol apresenta sua obra Alvorada, exposta na mesa do salão principal e as obras Coleguinhas, expostas na entrada da sala de música
Créditos: Maressa Andrioli Ateliê Selva

Até o dia 20 de outubro, a Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, apresenta duas novas edições da série de arte contemporânea Hóspede, com curadoria de Gilberto Mariotti. Estão expostos trabalhos das artistas Mônica Coster e Estela Sokol, em diálogo com as obras Natureza Morta com Flores, Frutos e Cachorro, de Abraham Brueghel (séc. XVII) e No Campo (à La Campagne) e Noivos com Trenó e Galo Vermelho, de Marc Chagall (séc XX), que pertencem à Coleção Ema Klabin.

Desde 2015, a série Hóspede convida artistas contemporâneos a expor suas obras na casa museu, propondo uma relação entre trabalho hospedado e obra anfitriã. Já passaram pela série Hóspede artistas como Guga Szabzon, Romain Dumesnil e Flora Rebollo. 

A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados e uma importante coleção de artes visuais, artes decorativas, peças arqueológicas e livros raros que abrange 35 séculos de arte e cultura.

Sobre as Obras:

Ordenha (2024) e Digestão contínua (2021) de Mônica Coster 

A obra Ordenha está no pátio interno da Casa Museu Ema Klabin, em diálogo com o quadro Natureza Morta com Flores, Frutos e Cachorro (1677) de Abraham Brueghel, exposto na sala de jantar. A escultura, composta de cerâmica e ferro, remete à teta de uma vaca e está constantemente gotejando leite, simulando uma ordenha. Na sala de jantar, Mônica também expõe a obra Digestão contínua. Doutoranda em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mônica Coster reflete sobre a alimentação humana e o consumo de produtos animais, destacando a desconexão entre os consumidores urbanos e a origem dos alimentos. A artista é ganhadora do I Prêmio Vozes Agudas para mulheres artistas.

Alvorada (2011) e Coleguinhas (2024) de Estela Sokol

A obra Alvorada está exposta no salão da casa, em diálogo com as obras No Campo (à La Campagne) (1925) e Noivos com Trenó e Galo Vermelho (1957) de Marc Chagall. As obras Coleguinhas estão na entrada da sala de música. Estela Sokol centra sua pesquisa em cor e luz, transformando materiais para aproximar o raciocínio pictórico de esculturas e objetos.

Ao lado das obras hospedadas, um texto de Gilberto Mariotti, curador da série Hóspede, aborda a relação entre as criações contemporâneas das artistas e as obras de Abraham Brueghel e Marc Chagall.

Serviço

Hóspede com Mônica Coster e Estela Sokol

Curadoria Gilberto Mariotti

Até 20/10/2024

De quarta-feira a domingo, das 11h às 17h

Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo. 

Sobre as artistas

Mônica Coster (1995)  é artista visual com foco em processos de digestão e decomposição, explorando o interior digestivo humano e suas conexões biossociais com a comida. Cerâmica, alimentos e materiais vivos são elementos recorrentes em sua produção. Doutoranda em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e graduação em Escultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou intercâmbio na Universidade de Málaga, onde estudou  cerâmica contemporânea. Atualmente, é professora substituta no Instituto de Artes da UERJ. Premiada pelo I Prêmio Vozes Agudas para mulheres artistas. Realizou a exposição individual Fábrica Ruminante na Galeria Asfalto (RJ) em 2024, e participou de diversas exposições coletivas, incluindo Siete Performances, o nueve, na Galeria Isabel Hurley, em Málaga, na Espanha, e Abre Alas 18, na Galeria A Gentil Carioca (RJ/SP).

Estela Sokol (1979) é uma artista que centra sua pesquisa em cor e luz, transformando materiais para aproximar o raciocínio pictórico de esculturas e objetos. Utiliza uma variedade de materiais, como cera de abelha, resina, espuma, pigmento, pedra, parafina, concreto, latão, madeira, cobre, grafite, tecidos, plásticos e cerâmica. Combina esses materiais com procedimentos e técnicas de pintura como encáustica, tingimento, veladuras, spray e esmaltes, buscando um novo estatuto para a cor. As nuances e mudanças de tonalidade são características recorrentes em seus trabalhos, especialmente em arte pública e intervenções na natureza, bem como em pinturas sem o uso de tinta. Nessas obras, manipula folhas de plástico, feltros, tecidos fotoluminescentes e outros materiais sintéticos, criando novas matizes através da sobreposição de camadas de materiais industriais, que esticados sobre chassis de madeira, dialogam com a tradição da pintura e a história da arte.

Sobre a Casa Museu Ema Klabin:

A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados. A Coleção Ema Klabin inclui pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, obras do modernismo brasileiro, como de Tarsila do Amaral e Candido Portinari, além de artes decorativas, peças arqueológicas e livros raros, reunindo variadas culturas em um arco temporal de 35 séculos.

A Casa Museu Ema Klabin é uma fundação cultural sem fins lucrativos, de utilidade pública, criada para salvaguardar, estudar e divulgar a coleção, a residência e a memória de Ema Klabin, visando à promoção de atividades de caráter cultural, educacional e social, inspiradas pela sua atuação em vida, de forma a construir, em conjunto com o público mais amplo possível, um ambiente de fruição, diálogo e reflexão.

A programação cultural da casa museu decorre da coleção e da personalidade da empresária Ema Klabin, que teve uma significativa atuação nas manifestações e instituições culturais da cidade de São Paulo, especialmente nas áreas de música e arte. Além de receber a visitação do público, a Casa Museu Ema Klabin realiza exposições temporárias, séries de arte contemporânea, cursos, palestras e oficinas, bem como apresentações de música, dança e teatro.

O jardim da casa museu foi projetado por Roberto Burle Marx e a decoração foi criada por Terri Della Stufa.

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