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Saúde da mulher: Entenda as alterações na pele da mama relacionadas ao câncer

9 de Outubro de 2024

Com a chegada do Outubro Rosa, médica especialista em Dermatologia destaca as mudanças na pele aos primeiros sinais do câncer de mama

Foto: Divulgação

A prevenção e o cuidado com a saúde é diariamente, mas neste mês, redobramos nossa atenção para os sinais que podem indicar condições de saúde que precisam ser investigadas. É crucial que principalmente as mulheres estejam atentas a mudanças do corpo, especialmente nos seios, onde alterações podem ser indicativas de problemas mais sérios.

De acordo com a médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela, alguns sinais na pele merecem atenção, como vermelhidão, retração da pele e do mamilo, descamação ao redor do mamilo e da aréola, sensação de pele queimada ou extremamente seca, espessamento da pele em qualquer parte da mama, formação de crostas ou feridas próximas ao mamilo, além de alterações na cor ou forma da aréola.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Para 2024, uma pesquisa feita pelo órgão estima que o Brasil vai registrar até o final do ano cerca de 73,6 mil novos casos da doença, resultando em uma taxa de incidência de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Esses dados refletem uma crescente preocupação com a saúde feminina, ressaltando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

A detecção precoce é um dos pilares para um tratamento eficaz. Flávia Villela, enfatiza a importância de estar atenta aos sinais de que a pele nos transmite. “Mesmo os sintomas mais leves, que à primeira vista podem parecer insignificantes, não devem ser ignorados. O diagnóstico precoce é crucial para identificar as primeiras alterações na pele que podem estar relacionadas ao câncer. Ao agir rapidamente, garantimos não apenas um tratamento mais eficaz, mas também com melhores chances de recuperação.”

Ela ainda destaca que tipos de câncer de pele, como melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, entre outros, podem surgir na região mamária, tornando a avaliação da pele fundamental. Além disso, alguns tipos de câncer de mama apresentam sinais visíveis, como retração da pele ou a aparência de casca de laranja, que indicam a gravidade da neoplasia, uma massa de tecido anormal que surge em diferentes partes do corpo.

É fundamental destacar que, no tratamento do câncer de mama, costuma ser realizada uma cirurgia para o cuidado das feridas. “Ficar atento às mudanças na pele causadas pela quimioterapia e radioterapia, tanto na mama quanto em outras áreas do corpo”, ressalta a médica especialista em Dermatologia.

O QUE FAZER COM ALTERAÇÃO NA PELE?

Flávia Villela reforça que precisa agir com cautela nessa situação, se você perceber alterações na pele que possam estar relacionadas ao câncer de mama. A primeira etapa é observar detalhes como textura, cor e quaisquer sintomas associados, como dor ou coceira.

A segunda é agendar uma consulta com um médico especialista, que fará uma avaliação detalhada e poderá solicitar exames ou biópsias, se necessário. É importante informar ao profissional sobre seu histórico de saúde, especialmente casos de câncer na família.

Caso a alteração não seja considerada grave, o médico pode recomendar monitoramento regular. Enquanto isso, mantenha uma rotina de cuidados com a pele, utilizando hidratantes e protetores solares adequados.

Foto: Divulgação

PREVENÇÃO

Diante da gravidade da situação, a prática do autocuidado e do autoconhecimento é essencial, especialmente porque sinais de alerta, como nódulos palpáveis, podem surgir de maneira sutil. Conhecer bem o próprio corpo e realizar toques regulares é essencial para a detecção precoce de lesões.

Flávia Villela destaca algumas medidas preventivas e sinais de alerta relacionados à saúde das mamas:

AUTOEXAME: Conheça seu corpo e faça o autoexame das mamas mensalmente para detectar alterações.

EXAMES DE ROTINA: Realize mamografias e exames clínicos regularmente, especialmente a partir dos 40 anos ou conforme orientação médica.

ALIMENTAÇÃO BALANCEADA: Consuma frutas, verduras, grãos integrais e limite a ingestão de alimentos ultraprocessados.

ATIVIDADE FÍSICA: Pratique exercícios regularmente, com pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.

PESO SAUDÁVEL: Mantenha um peso adequado, pois a obesidade pode aumentar o risco.

NÃO SE ESTRESSE: Pratique técnicas de relaxamento, pois o estresse crônico pode impactar a saúde.


E lembre-se: além de adotar hábitos saudáveis, é fundamental consultar um médico regularmente para entender melhor seu caso e estabelecer uma rotina de prevenção de possíveis alterações na pele das mamas.

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