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The Money Shot, comédia perversa do autor Neil LaBute, reestreia no Teatro Sérgio Cardoso

28 de Agosto de 2024

Com Lavínia Pannunzio, Michelle Boesche, Jocasta Germano e Fernando Billi no elenco, o espetáculo usa humor ácido para criar uma reflexão sobre arte, ambição, status e sexo em Hollywood

Foto: Leekyung Kim

A toxidade da indústria de entretenimento norte-americana é discutida na comédia perversa The Money Shot, do autor estadunidense Neil LaBute. O espetáculo ganhou em 2024 uma versão brasileira dirigida por Eric Lenate que tem uma nova temporada na Sala Paschoal Carlos Magno, do Teatro Sérgio Cardoso, entre 3 de agosto e 8 de setembro. As apresentações acontecem aos sábados e domingos, às 18h. The Money Shot foi indicado a melhor espetáculo no Prêmio PRIO de Humor.

O elenco é formado por Lavínia Pannunzio, Michelle Boecshe, Jocasta Germano e Fernando Billi. A peça ainda tem tradução de Jorge Minicelli, figurinos de João Pimenta, desenho de luz de Aline Santini, trilha sonora original de L. P. Daniel e produção de Luque Daltrozo.

The Money Shot explora o humor ácido para criar uma reflexão sobre ambição, arte, status, sexo na indústria do entretenimento norte-americana. A peça narra o drama de Karen e Steve, estrelas do cinema que não conseguem mais emplacar um grande sucesso nas telonas. Desesperados para parar de despencar na cadeia alimentar de Hollywood, eles apostam todas as suas cartas em um famoso diretor europeu que pode mudar tudo com seu próximo filme.

O texto tem personagens extremamente privilegiadas. Elas têm o mundo aberto à sua frente, mas são incapazes de enxergar as questões que são próprias da realidade de pessoas que não fazem parte de seu território de privilégio. Estão sempre tentando se proteger e autopromover. E estão inseridas em um processo de retroalimentação das neuroses da branquitude, que tem medo de perder seus lugares de privilégio”, comenta o diretor Eric Lenate.

A história tem como ambiente a luxuosa mansão de Karen e sua companheira Bev, que trabalha na área de pós-produção da indústria cinematográfica. Elas recebem para um jantar Steve e Missy, a jovem esposa dele que aspira à carreira de atriz. “É um encontro requintado, regado a muita bebida alcoólica, que faz com que a situação entre essas figuras vá se desenrolando de uma maneira cada vez mais feia. Queremos criar um contraste entre o refinamento e a feiura dessas personagens”, acrescenta o encenador.

Para representar esse ambiente, Lenate, que também assina a arquitetura cênica da peça, revela que optou por reproduzir a sala dessa casa. “Estamos pensando em um espaço que tenha bastante luxo e opulência, mas que também tenha certa cafonice”, revela.

Já a encenação é bastante pontuada pelo jogo entre as três atrizes e o ator. “É um trabalho bastante calcado na verborragia do texto. São quatro personagens em cena que falam o tempo todo, tentando discutir um assunto que sempre se perde. Eles começam a fazer o desfile de egos deles e a situação fica cada vez mais esquisita, até chegar em um desenlace que vai fazer com que as pessoas fiquem bastante atônitas”, garante o diretor.

Sobre Neil LaBute

Neil LaBute recebeu seu diploma de Mestre em Belas Artes em redação dramática pela New York University. Recebeu uma bolsa literária para estudar no Royal Court Theatre, em Londres, e também frequentou o Playwrights Lab do Sundance Institute.

Entre seus filmes, estão “In the Company of Men” (Prêmio do Círculo de Críticos de Nova York de Melhor Primeira Longa-Metragem e Troféu dos Cineastas no Festival de Cinema de Sundance), “Seus Amigos e Vizinhos”, “Enfermeira Betty”, “Possessão”, “The Shape of Things” (uma adaptação cinematográfica de sua peça com o mesmo título), “The Wicker Man”, “Lakeview Terrace” e “Death at a Funeral”.

E entre as peças destacam-se “Bash: Latter-Day Plays”, “The Shape of Things”, “The Mercy Seat”, “The Distance From Here”, “Autobahn (Uma coleção de cinco de suas peças de um ato)”, “Fat Pig”, “Algumas Garotas”, “Isso é Assim Que Vai”, “Em Uma Casa Escura” e “Razões Para Ser Bonita”, que foi indicado ao prêmio Tony de melhor peça.

LaBute também é autor de várias peças de ficção que foram publicadas no “The New York Times”, “The New York Times Magazine”, “Harper's Bazaar” e “Playboy”, entre outros. “Seconds of Pleasure”, uma coleção de seus contos, foi publicada pela Grove Atlantic.

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Dr. Ailton Takishima e a Sensory-All Clínica Woman são apoiadores da peça

Foto: Divulgação

Sinopse

Karen e Steve são estrelas do cinema com uma coisa em comum: o desespero. Faz anos que ambos não conseguem emplacar um grande sucesso, mas um diretor europeu famoso pode mudar isso com seu próximo filme. Até onde eles vão se deixar ir para não despencar ainda mais na cadeia alimentar de Hollywood? Sexy, ousada, sombriamente hilária, THE MONEY SHOT é uma comédia perversa e perspicaz sobre ambição, arte, status e sexo em uma era – e uma indústria – onde muito pouco é sagrado e quase nada é tabu.

Ficha Técnica

Autor: Neil LaBute

Direção: Eric Lenate

Tradução: Jorge Minicelli

Elenco: Lavínia Pannunzio, Michelle Boesche, Jocasta Germano e Fernando Billi 

Direção Assistente: Vitor Julian

Arquitetura cênica: Eric Lenate

Desenho de luz: Aline Santini

Figurinista: João Pimenta

Trilha sonora original e desenho de som: L. P. Daniel

Operador de som: Lenon Mondini

Operadora de luz: Aline Sayuri

Diretor de palco: Nietzsche

Designer gráfico: Laerte Késsimos

Assessoria de imprensa: Pombo Correio Assessoria de Comunicação

Fotos: Leekyung Kim

Produtora executiva: Camila Bevilacqua

Diretor de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo

Realização: Daltrozo Produções

Serviço

The Money Shot, de Neil LaBute

Temporada: 3 de agosto a 8 de setembro

Aos sábados e domingos, às 18h

Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)

Vendas online em Sympla.com

Bilheteria: De terça a sábado, das 14h às 19h.
Informações: (11) 3288- 0136

Duração: 90 minutos

Classificação indicativa:16 anos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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