Informes - GERAIS

Com quatro indicações ao Bibi Ferreira, Lucas Drummond fala de sucesso de “Órfãos”

27 de Agosto de 2024
Rafael Queiroz, Ernani Moraes e Lucas Drummond
Créditos: Costa Blanca Films

Indicado a quatro prêmios Bibi Ferreira (Peça, direção, ator (Ernani Moraes) e cenografia)) “Órfãos” estendeu sua temporada em São Paulo, no Teatro Faap, até dia 29 de setembro. Com sessões às quartas e quintas, às 20h, a trama de Lyle Kessler com direção de Fernando Philbert, gira em torno dos irmãos Phillip (Lucas Drummond) e Treat (Rafael Queiroz), que vivem em um lugar abandonado e só têm um ao outro. Treat, o mais velho, comete furtos para sustentá-los. Já Phillip não sai de casa há anos. Até que eles conhecem Harold (Ernani Moraes), um homem mais velho que irá transformar suas vidas.

"Eu tô meio feliz e orgulhoso! Estivemos em cartaz com este espetáculo por um ano no Rio de Janeiro. São Paulo sempre foi um grande sonho! E mesmo só com parte do patrocínio (tivemos incentivo de 8 pessoas, que através do seu IR pessoa física, custearam uma parte da temporada paulistana, através da Lei Rouanet) decidi arriscar, porque sempre acreditei na potência dessa história e na qualidade deste trabalho. E esse reconhecimento prova que eu não estava errado e me dá força e coragem para seguir lutando pelos meus sonhos e projetos! Quero agradecer aos jurados e, principalmente, ao público de São Paulo, que nos recebeu e segue nos recebendo (pois estaremos em cartaz até 26/09!) de braços abertos" – diz Lucas Drummond, que além de fazer parte do elenco é também o responsável por trazer a história para o Brasil. 

Os ingressos para “Órfãos” podem ser adquiridos pelo https://teatrofaap.showare.com.br/

Sobre a temporada prorrogada no Teatro Faap

Depois de temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e após arrebatar também o público e a crítica paulistanos, o espetáculo Órfãos tem sua temporada no Teatro Faap prorrogada até 26 de setembro, com sessões sempre às quartas e quintas, às 20h.

Dirigida por Fernando Philbert, a versão brasileira de Órfãos, de Lyle Kessler, tem idealização e coordenação artística do ator e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz.

Com extensa carreira internacional, o texto de 1983 deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. A montagem brasileira recebeu 17 indicações a prêmios, sendo 3 ao Prêmio APTR, 2 ao CESGRANRIO e 12 ao CENYM. Venceu Ator Coadjuvante (Ernani Moraes) no Prêmio APTR e 3 categorias no Prêmio CENYM: Ator Coadjuvante (Rafael Queiroz), Direção de Arte e ⁠Qualidade Técnica de Produção.

Em cena, dois irmãos órfãos (Lucas Drummond e Rafael Queiroz) sequestram um misterioso homem de negócios (Ernani Moraes) para pedirem resgate e acabam encontrando a figura paterna que nunca tiveram e com a qual sempre sonharam. “Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o afeto, que às vezes pode ser bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond.

“Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para sustentar nós dois. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e com uma imaginação incrível”, conta Drummond.

Para a direção de Órfãos Lucas convidou Fernando Philbert, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Philbert.

A temporada no Teatro FAAP, que começou em junho, marcou o retorno de Ernani Moraes para os palcos paulistanos depois de 15 anos. Aos 27 anos, o ator veio para  São Paulo onde morou por 12 anos e integrou o grupo Tapa em montagens como A Megera Domada, A Mandrágora e Viúva Porém Honesta. No papel de Harold, o homem mais velho que transforma a vida dos dois jovens, Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem: “Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é ‘elegante’. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.

Rafael Queiroz concorda: “Fernando tirou a gente da zona de segurança, onde a gente transita bem, tirou nossa base, desestruturou para reestruturar da maneira que ele quer e que sabe que vai ter o melhor resultado. É desafiador, mas ele é preciso, estica a corda até onde sabe que é possível”.

O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.

A trilha original está a cargo do diretor musical Marcelo Alonso Neves: “Há duas linhas distintas que desenvolvo no espetáculo. Primeiro, quis buscar a memória de uma época, em cima de áudios históricos de programas de televisão, de filmes de cinema. Além disso, uma trilha incidental cria essas atmosferas, para permear momentos de tensão e emoção”, resume.

A figurinista Rocio Moure partiu de ícones representativos do momento em que os personagens estão inseridos na história, através de silhuetas e peças de roupa clássicas e bem definidas, inspiradas no cinema e na cultura da época: “Procurei marcar a diferença clara do encontro entre as gerações dos três personagens, levando toques de personalidade para cada um deles com objetos de indumentária que destacam a diferença nos detalhes”, adianta.

A trajetória internacional de Órfãos

Montada originalmente há quase 40 anos, Órfãos tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, em 1986, a versão inglesa rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Melhor Ator. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula e protagonizado por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.

Siga a peça no Instagram: @orfaosteatro

Serviço:

Espetáculo Órfãos

Temporada: de 14 de agosto a 26 de setembro - Quartas e quintas, às 20h.

Duração: 90 minutos.

Capacidade: 477 lugares.

Classificação indicativa: 14 anos.

Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo/SP

Ingresso: R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia)

Site de compras: https://teatrofaap.showare.com.br/

Ficha Técnica:

Idealização e coordenação artística: Lucas Drummond. Texto: Lyle Kessler. Tradução: Diego Teza. Direção: Fernando Philbert. Elenco: Ernani Moraes (Harold), Lucas Drummond (Phillip), Rafael Queiroz (Treat). Figurino: Rocio Moure, Cenário: Natalia Lana, Iluminação: Vilmar Olos, Trilha Sonora: Marcelo Alonso Neves. Fotografia e Vídeo: Costa Blanca Films. Direção de movimento: Toni Rodrigues. Coordenação de Produção e Produção executiva: Nathalia Gouvêa, Assistente de direção: Luisa Vianna, Assistente de direção de movimento: Monique Ottati, Assistente de produção: Pedro Rivera, Produção: Gaulia Teatro, Assessoria de Imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho e Beatriz Figueiredo)

Comentários
Assista ao vídeo