Notícias - Televisão

Palestra: Caso Vladimir Herzog

30 de Abril de 2013

 

O engenheiro naval Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog e filho do jornalista torturado e assassinado por agentes do regime militar, e o jornalista Audálio Dantas, autor do livro “As duas guerras de Vlado Herzog”, vão ministrar a palestra “Vladimir Herzog: jornalismo e direitos humanos no Brasil”, no próximo dia 14/05, às 19h, em Ribeirão Preto (SP). As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. A realização é da Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa em parceria com a ONG Cineclube Cauim.


Além de relembrar o caso Vladimir Herzog, considerado por muitos um dos mais fortes golpes contra a ditadura militar, a palestra tem o objetivo de promover uma ampla discussão sobre os direitos humanos enquanto base para a prática do jornalismo.

 

 

Os palestrantes também vão falar sobre a atuação do Instituto Vladimir Herzog organização sem fins lucrativos e sem qualquer cunho político-partidária, que tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informação que garanta o direito à vida e o direito à justiça.

 

 

A atuação do Instituto baseia-se em três pilares:

 

 

 

  • Preservação da história do Brasil com foco especial a partir do Golpe de 1964 e tendo com centro de referência a própria história do jornalista Vladimir Herzog, com a formação de um acervo multimídia que já conta com doações da Fundação Padre Anchieta, Família Herzog, Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, entre outros; 
  • Promoção, orientação e premiação de trabalhos de comunicação (artes, jornalismo, cinema, teatro, etc.) que abordem temas pertinentes às questões que afetam o direito à vida e o direito à justiça da sociedade. O exemplo mais emblemático é o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Além dele, outras novas premiações serão desenvolvidas pelo Instituto. Entre as novidades, destaca-se o Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão voltado exclusivamente para estudantes de Jornalismo e Comunicação Social; 
  • Desenvolvimento de palestras, debates, cursos e treinamentos nos assuntos das áreas correlatas à comunicação. Exemplos: questão do diploma de jornalista, análise de novas mídias, a nova linguagem jornalística na era da internet. Publicação de livros como a recém lançada edição fac-similar do EX, jornal expoente da chamada mídia alternativa. 
Sobre o jornalista Vladimir Herzog - Vlado começou sua carreira de jornalista em 1959 como repórter de O Estado de S. Paulo, logo depois de se formar em Filosofia na Universidade de São Paulo. Ali ficou até 1965, tendo sido um dos repórteres destacados para a equipe pioneira que foi instalar a sucursal do Estado, em Brasília, nos primeiros meses de vida da nova Capital. Exerceu também as funções de redator e, interinamente, de chefe de reportagem do jornal.

Na televisão, ele entrou em 1963, acumulando com o trabalho de jornal, como redator e secretário do "Show de Notícias", o telejornal diário do antigo Canal 9 de São Paulo (TV Excelsior). Essa experiência, que o colocou em contato, pela primeira vez com o telejornalismo, foi a base para o passo seguinte de sua carreira. Em 1965, Vlado foi para Londres, contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC, como produtor e locutor, prestando colaboração também ao Departamento de Cinema e TV do Central Office of Information, órgão do Foreign Office, na produção e apresentação de programas sobre a Inglaterra, para a televisão brasileira.

Foi ainda durante sua estada em Londres - onde nasceram seus dois filhos, Ivo, de 9 anos, e André, de 7 – que Vlado aprimorou seus conhecimentos de televisão e cinema, cursando, como bolsista indicado pela Secretaria da Educação de São Paulo, o Film and Television Course for Overseas Students, no Centro de Televisão da BBC.

De volta ao Brasil, em 1968, Vlado foi trabalhar na revista Visão, onde ficou durante cinco anos como editor cultural. Uma de suas marcas era o rigor e zelo profissional que ele também exigia dos outros. A mesma seriedade profissional o levou para a TV Cultura (Fundação Padre Anchieta), em 1972, quando foi chamado para secretariar o recém lançado telejornal "Hora da Notícia” e, ainda, para a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde deu aulas de telejornalismo na mesma época, e para a Escola de Comunicações e Artes da USP, onde era professor desde o último semestre.

Na TV Cultura, para onde tinha retornado em setembro, agora como diretor do departamento de telejornalismo, Vlado anteviu, finalmente, a possibilidade de comandar um trabalho dentro do conceito que tinha da grande responsabilidade social do jornalismo na TV. Não lhe deram tempo.

Em 25 de outubro de 1975, Herzog apresentou-se para prestar depoimento no DOI-CODI (organismo que pertencia ao aparato da repressão), após ser procurado por agentes enquanto trabalhava na redação da TV Cultura, na noite anterior. Sob a tutela do estado, ele foi vítima de maus tratos que resultaram em sua morte. Os órgãos da repressão ainda forjaram a versão de suicídio que, de tão frágil, foi facilmente desmentida. Para muitos, o episódio relativo à Herzog marcou o início do fim do regime militar. 

Serviço:

 

Palestra “Vladimir Herzog: jornalismo e direitos humanos no Brasil”.

 

Programação: além da palestra, o evento ainda terá exposição do artista plástico Paulo Camargo, música de qualidade na voz do cantor e compositor Paulinho Brasília e a dramatização de um pequeno trecho da peça “Mulheres Vermelhas”, de Frei Beto, com atores da ONG Ribeirão em Cena.

 

Data: 14 de maio de 2013

 

 

 

Horário: à partir de 19h

 

 

 

Local: Cineclube Cauim

 

 

 

Endereço: Rua São Sebastião, nº 920, centro.

 

 

 

Inscrições gratuitas (vagas limitadas) pelo telefone (16) 3237.7367 ou pelo email:eventos@nucleodanoticia.com.br

 

 

Solidariedade: Quem quiser pode colaborar com uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis em prol de entidades assistenciais de Ribeirão Preto (SP).

 

 

Realização:

 

 

 

Núcleo da Notícia Comunicação Corporativa

 

 

 

Cineclube Cauim

 

 

 

Patrocínio:

 

 

 

JR Hotel

 

 

 

Base Química

 

 

 

Marchetto Advogados Associados

 

 

 

Mousse Cake/Bar do Vadinho

 

 

 

Apoio de criação da campanha: Agência experimental do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Moura Lacerda

 

 

 

Apoio institucional:

 

 

 

Sisem-SP (Sistema Estadual de Museus)

 

 

 

ACAM Portinari (Associação de Apoio ao Museu Casa de Portinari)

 

 

 

Memorial da Resistência

 

 

 

Fundação Feira do Livro

 

 

 

Instituto do Livro

 

 

 

Instituto Comunicativo

 

 

 

Comunique-se Educação

 

 

 

Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto)

 

 

 

 

 

 

 

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