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Dream Team 2.0: Seleção de basquete Americana segue avassaladora nas Olimpíadas

7 de Agosto de 2024
Foto: Devian Art

A seleção de basquete brasileira perdeu para os Estados Unidos por 122 a 87 e acabou sendo mais uma das vítimas dos americanos na sua busca do ouro olímpico. O time, repleto de estrelas como LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant, talvez seja um dos melhores elencos da história do basquete mundial, rivalizando apenas com o Dream Team de 1992, das Olimpíadas de Barcelona.

Desde sua formação, que foi mobilizada por LeBron James para garantir a medalha de ouro nessas Olimpíadas, os americanos são, com sobra, os favoritos ao título. Seja no betano ou bet365, é possível ver as gigantescas diferenças nas odds de vencedores durante as partidas, mas também para ganhar o ouro.

Assim como em 1992, esse time de 2024 está sendo montado por causa das últimas adversidades que a seleção vinha enfrentando, como uma maneira de provar para o resto do mundo a superioridade do país no basquete. Vamos fazer uma comparação entre essas duas seleções e mostrar como existem várias semelhanças entre elas:

Dream Team de 1992

Até as Olimpíadas de 1992, existia uma regra que impedia que atletas da NBA participassem de eventos como os Jogos Pan-Americanos ou as Olimpíadas. Por isso, o brasileiro Oscar Schmidt, mesmo tendo sido draftado na NBA, optou por não jogar na liga para poder representar o Brasil nos campeonatos internacionais. Naquela época, as seleções americanas eram normalmente compostas por jogadores das universidades, que estavam prestes a subir para a NBA, mas ainda não tinham idade. Porém, dois resultados fizeram os Estados Unidos pedirem para que essa regra fosse mudada.

Em 1987, nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, nos Estados Unidos, a final do basquete masculino foi entre Brasil e os donos da casa. Com um show de Oscar, o Brasil virou o jogo e se sagrou campeão daquele torneio. Já em 1988, foi mais uma decepção, ao perder para a União Soviética nas semifinais, ficando apenas com a medalha de bronze daquela edição das Olimpíadas. Esses dois resultados foram a gota d'água para os americanos, que julgavam injusto não poderem enviar seus melhores atletas para os torneios internacionais. Surge assim o Dream Team.

A formação do Dream Team, com a inclusão das maiores estrelas da NBA, visava reafirmar a supremacia americana no basquete e transformar a competição olímpica em um espetáculo global. A equipe incluía lendas do basquete como Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Charles Barkley, Scottie Pippen, Karl Malone e muitos outros. O impacto inicial do Dream Team foi avassalador. Eles dominaram completamente a competição, vencendo todos os jogos com margens de pontos impressionantes. A recepção mundial foi fenomenal, com o Dream Team sendo reverenciado tanto pela sua habilidade quanto pela sua capacidade de entreter. A presença dessas superestrelas ajudou a popularizar o basquete em todo o mundo, inspirando uma nova geração de jogadores e fãs. Os Jogos Olímpicos de Barcelona foram um ponto de inflexão para o esporte, consolidando a NBA como uma marca global.

Seleção Olímpica de 2024

Após os jogadores da NBA terem sido permitidos nas Olimpíadas, vimos uma supremacia americana em todos os torneios. Apenas nas Olimpíadas de 2004 a seleção não foi medalha de ouro, ficando com a medalha de bronze, porém nos anos seguintes continuou vencendo. Aos poucos, os atletas americanos começaram a diminuir sua prioridade sobre os torneios internacionais e a priorizar cada vez mais a NBA. A temporada da NBA é muito desgastante, e os diversos torneios internacionais, como o Pan, as Olimpíadas e o Mundial, acontecem durante as férias dos atletas, que nos últimos anos vinham recusando defender sua seleção.

Porém, o resultado do Dream Team foi mais do que apenas gerar essa supremacia americana nos campeonatos internacionais, mas também popularizar o esporte no resto do mundo, o que fez com que novos atletas de alto nível começassem a surgir. Atualmente, a NBA conta com muitos atletas do mundo inteiro, e os quatro melhores jogadores da liga não são norte-americanos. Essa soma de fatores fez com que, no Mundial de 2023, a seleção americana tivesse uma péssima performance e ficasse apenas em quarto lugar no torneio, o que alimentou o ego das principais estrelas do país. Mobilizados por LeBron James, as principais estrelas se juntaram para criar o novo Dream Team, como uma maneira de mostrar para o mundo o quão dominantes eles ainda são.

Com LeBron James, Stephen Curry, Kevin Durant e até Joel Embiid, que é camaronês, mas optou por defender os Estados Unidos, a seleção americana vem ganhando todos os seus jogos com autoridade nessas Olimpíadas, e tudo indica que ninguém conseguirá fazer frente a esse grande time.

A formação do Dream Team de 1992 e do time de 2024 ilustra a evolução do basquete e seu impacto global. Em 1992, a inclusão de estrelas da NBA foi um divisor de águas, transformando as Olimpíadas em um espetáculo imperdível e ajudando a promover o esporte mundialmente. O Dream Team não só dominou no aspecto técnico, mas também no cultural, elevando o status do basquete a novos patamares.

Por outro lado, o time de 2024 foi formado em um ambiente onde o basquete já é um esporte globalmente estabelecido, graças em grande parte ao legado do Dream Team. A expectativa é que continuem a tradição de excelência, mas a competição é mais acirrada, refletindo o crescimento do esporte em diversos países. A recepção dos dois times mostra uma diferença na narrativa: enquanto o Dream Team foi visto como revolucionário, o time de 2024 carrega a responsabilidade de manter a hegemonia e enfrentar adversários de alto nível em um cenário mais equilibrado.

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