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Dorivando Saravá, o preto que virou mar

13 de Julho de 2024

O documentário de Henrique Dantas traz uma abordagem poética de Dorival Caymmi com vários artistas, amigos e familiares lendo uma carta de Caymmi a Jorge Amado, falando da canção que escreveu para Iemanjá

Gilberto Gil, Tom Zé, Matheus Aleluia, Lucinha Mascarenhas, Roberto Santana, Marielvon Carvalho Jussara Silveira, Tiganá Santana, Arlete Soares, Lazzo Matumbi, Adriana Calcanhotto, BNegão, Marina de La Riva, João Donato, Lucas Santana, Letieres Leite, Gil Vicente Tavares, Marina De la Riva e Paloma Amado são os entrevistados do documentário Dorivando Saravá, o preto que virou mar, de Henrique Dantas, que entra na programação do SescTV no dia 26 de julho, às 22h. 

Cada um deles dos artistas traz um novo e específico olhar sobre Dorival Caymmi, falam do existir do artista pela africanidade e o legado deixado.

Tiganá Santana, por exemplo, diz que Caymmi é um lapidador do criar e descreve descrições profundas do real. Um mediador entre o espiritual e o tangível; já Mateus Aleluia diz que Caymmi é o cheiro, som, o espírito, o rir e o chorar da Bahia. Uma entidade que não chega, nem saí, está presente e que no fundo, todos nós somos Caymmi.

Arlete Soares lembra do homem ritualístico que era o artista que, ao viajar, preparava a maleta conhecida por muitos, que só cabia os pequenos objetos e remédios e fitas do Senhor do Bonfim, que não podiam ser deixadas para trás. Há uma cena do próprio, organizando a “maleta que lhe custou 12 cruzeiros na Mococa”.

O “mar” presente em toda a obra de Caymmi é citado por Marielvon Carvalho, que o define como o mar negro, de raízes africanas, que se difere de outras visões do mar pelo mundo, com Iemanjá sempre como símbolo. Gilberto Gil ainda fala de Xangô, Oxóssi e Ogum, que nas letras do compositor se difundem pelas rádios da época como um suporte de divulgação dessas entidades através de sua obra para a cultura brasileira.

Lucinha Mascarenhas fala também das pinturas de Caymmi e que demorava meses para terminar, pois seu tempo era outro, como ela diz. Tom Zé comenta a música João Valentão, que surpreende por ter rimas iniciais que Tom Zé considera muito comuns e até “feia”, mas que traz dentro da música uma sequência que guardava o segredo de destreza na composição.

Serviço 

Dorivando Saravá, o preto que virou mar

Direção: Henrique Dias 

26/7, às 22h

Classificação indicativa: 10 anos 

Duração: 1h27

Para assistir o SescTV:

Consulte as operadoras e serviços de streaming sobre a disponibilidade do canal.

Assista online em sesctv.org.br

Nas redes sociais: @SescTV 

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