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Quatro dicas para oferecer ao cliente pagamentos online cada vez mais seguros

11 de Julho de 2024

Utilizar sistemas antifraudes e criptografia de ponta garante segurança aos clientes nas transações digitais.

Foto: Freepik/ Divulgação

O comércio eletrônico vive um período de expansão no país, com projeção otimista para os próximos anos. Pesquisa feita pela E-commerce Brasil identificou que o setor fechou o ano de 2023 com faturamento de R$ 349 bilhões. A perspectiva é que o valor chegue a R$ 557 bilhões em 2027, o que corresponde ao aumento de 59,6%.

Paralelamente ao crescimento do e-commerce, houve, também, o aumento de golpes no ambiente digital, relacionados aos pagamentos e ao roubo de dados, segundo o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (Cebr). Levantamento mostra que as fraudes no setor ocasionaram um prejuízo médio global de R$ 15 milhões por empresa fraudada. No Brasil, esse tipo de crime causou o prejuízo médio de R$ 8,5 milhões para cada organização.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que fraudes online ocorrem quando os golpistas conseguem acessar contas de clientes do e-commerce. De acordo com a instituição, um exemplo comum de golpe acontece quando um celular é roubado e, se o usuário estiver logado e com informações de cartão salvas em uma loja virtual, o golpista pode usar os dados da vítima.

Para evitar esse tipo de golpe, a Febraban recomenda nunca usar o recurso “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites, jamais anotar senhas em blocos de notas e utilizar a ferramenta de biometria e reconhecimento facial nos dispositivos. Além disso, habilitar a função de rastreio do celular é importante para conseguir apagar os dados do aparelho e localizá-lo remotamente.

Pagamentos online seguros aumentam as chances de vendas

Pesquisa realizada pela Accenture, empresa multinacional de consultoria de gestão, revelou que 74% dos consumidores virtuais desistem da compra na etapa final do processo.

O Sebrae explica que há motivos para que o abandono do carrinho aconteça, e questões relacionadas ao pagamento estão no quinto lugar da lista, atrás apenas de fatores ligados à indecisão, problemas com internet, preço do produto e frete.

Os pagamentos digitais são transações feitas em uma plataforma online. Para ocorrerem de forma adequada, o vendedor precisa ter um sistema financeiro virtual que permite ao consumidor repassar informações e dados de maneira rápida, segura e atualizada. 

Para isso, a primeira etapa a ser seguida pelo vendedor é entender todo o processo de compra, desde o interesse do cliente pelo produto até o clique para finalizar. Também é necessário definir como receber pagamentos online e garantir a segurança aos consumidores. Entre os métodos disponíveis estão cartão de crédito e débito, crédito automático, boleto bancário, Pix, links de pagamento e carteiras virtuais. 

De acordo com a Serasa, para escolher a melhor forma de pagamento para a empresa é necessário analisar os hábitos de consumo dos clientes. A recomendação é que se tenha mais de um meio de pagamento, já que a decisão de compra é relativa para cada consumidor e, assim, as chances de venda são maiores.

Além do ambiente oferecido pelo empreendedor, alguns cuidados por parte do consumidor contribuem para aumentar a segurança das transações, conforme orienta a Febraban. Não clicar em links desconhecidos e dar preferência aos sites de empresas com quem já fez negócio são precauções para quem busca  opções de pagamento seguro.

Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil

Segundo pesquisa feita pela Febraban, o Pix foi o meio de pagamento mais utilizado no Brasil em 2023, representando 58% das transações. Com isso, houve o aumento de 74% no uso do sistema em comparação com o ano anterior. 

Em seguida, na pesquisa, aparecem o cartão de crédito, o cartão de débito e o boleto bancário, fechando o ranking dos quatro métodos de pagamento mais utilizados no país em 2023. Independente do meio escolhido pelo consumidor, há medidas que contribuem para aumentar a segurança nas transações. 

1. Use criptografia de ponta

Órgãos de defesa do consumidor recomendam que todas as informações dos clientes e dos servidores estejam criptografadas. Isso significa que o vendedor deve investir em protocolos, como SSL (Secure Socket Layer) ou TLS (Transport Layer Security) para garantir a segurança dos dados.

2. Tenha sistemas antifraudes 

As ferramentas de detecção de golpes não podem ser deixadas de lado, pois ajudam a identificar e bloquear transações suspeitas antes que sejam processadas. O Sebrae explica que é comum as pessoas acreditarem que apenas grandes empresas sofrem golpes, mas os pequenos e médios negócios também devem estar atentos para evitar problemas. Por isso, ter um sistema antifraude deve ser prioridade.

3. Garanta métodos de pagamentos seguros

Os lojistas devem se adequar e investir em diferentes métodos de pagamento a fim de garantir maiores chances de vendas. Porém, é preciso garantir segurança e confiança em qualquer opção escolhida pelo consumidor. Caso contrário, ele vai desistir do pedido, como apontado pela pesquisa da Accenture.

Portanto, é necessário se certificar de que o método esteja seguindo os padrões de segurança e esteja protegido por criptografia. Esses padrões vão dos mais básicos, como rede segura de internet, até os mais complexos, como senhas e testes regulares do sistema.

4. Implante a autenticação de dois fatores 

A autenticação de dois fatores (2FA) é o processo que o site pede a senha e a confirmação via e-mail. Os órgãos de defesa do consumidor orientam que o uso da ferramenta adiciona uma camada extra de segurança e impede que um golpista finja ser o usuário.

Assim, adicionar a 2FA vai garantir ainda mais confiabilidade para o e-commerce, exigindo que os usuários forneçam duas formas de identificação, por SMS ou e-mail, por exemplo, antes de concluir o pagamento.

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