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Conheça o distúrbio de Martha, personagem que persegue Donny, protagonista de “Bebê Rena”

22 de Maio de 2024

Transtorno obsessivo-compulsivo leva mulher a comportamentos extremos; psicóloga Tatiane Paula discute sintomas e tratamentos

Foto: Reprodução

A série "Bebê Rena", que mantém o seu lugar no TOP 1 da Netflix há alguns dias, tem gerado discussões sobre saúde mental. A trama, inspirada em uma história real, narra a história de uma advogada que fica intensamente obcecada por um aspirante a comediante. O que no início parece uma relação saudável logo se transforma em um comportamento perseguidor.

Martha, uma mulher cuja vida é dominada por pensamentos intrusivos e repetitivos sobre Donny, ilustra um caso preocupante que parece estar relacionado a um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Esse distúrbio a leva a comportamentos de perseguição, comprometendo sua saúde mental e afetando negativamente aqueles ao seu redor”, relata Tatiane Paula, Psicóloga Clínica.

De acordo com a especialista, os sinais mais evidentes do distúrbio de Martha incluem uma obsessão constante por Donny e comportamentos compulsivos de perseguição. “Ela frequentemente tenta seguir Donny, contatá-lo repetidamente e invadir sua privacidade. Para ela, as consequências são altas, com níveis elevados de ansiedade e angústia emocional, além de dificuldades em seus relacionamentos interpessoais. Donny, por sua vez, sofre com invasões de privacidade e desconforto emocional, enfrentando até mesmo riscos à sua segurança pessoal”, afirma.

Segundo Tatiane Paula, o tratamento para casos como o de Martha geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental (TCC) e, em alguns casos, medicação. "A TCC é fundamental para ajudar a identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais. Ela oferece um espaço seguro para processar emoções e desenvolver resiliência emocional", explica.

Para aqueles afetados por perseguidores, a psicóloga ressalta que estabelecer limites claros e assertivos é fundamental. Procurar apoio profissional e, se necessário, tomar medidas legais para proteger a segurança e a privacidade são passos importantes.

É importante salientar que o distúrbio de Martha é uma condição de saúde mental que requer compaixão, compreensão e tratamento adequado. A conscientização e a educação sobre questões de saúde mental são essenciais para reduzir o estigma e garantir o acesso ao apoio necessário”, destaca a psicóloga.

A jornada de recuperação não é linear e pode exigir tempo, paciência e apoio contínuo. No entanto, com o compromisso, o autocuidado e o bem-estar, é possível encontrar esperança e progresso rumo a uma vida mais equilibrada e satisfatória”, conclui.

 

Fonte

Tatiane Paula

Psicóloga Clínica

@tatianepaula.psi

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