Foto: Silvia Machado |
Como produzir um espaço de afeto coletivo? Cinco performers – Maurício Florez, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello –, sob direção do ator e bailarino Marcus Moreno e contaminados pelo frescor de um estado de antecedência ao momento presente, constroem sua resposta a partir do dinamismo do campo relacional (quando afetamos e nos deixamos afetar), em “Sempre mais que um”, trabalho coreográfico que ocupa o Teatro Cacilda Becker nos próximos dias 10, 11 e 12 de maio (sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h30), com entrada gratuita.
“Sempre mais que um” se refere aos vários corpos existentes em um corpo presente, permeado pelo espaço e por temporalidades. Balizados pela improvisação cênica e acompanhados pela luz de Hernandes de Oliveira e a trilha original composta por Antonio Prado, corpos materializam imagens e são diluídos com o espaço, numa busca permanente por atualizar o momento num fluxo contínuo.
“Sempre mais que um corpo existe, descontinuado no outro; o eu do agora é o eu de muitos, atravessado por matérias, memórias, ancestralidades, a cada instante, a cada encontro”, pondera Marcus Moreno, que, em 12 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas. “As possibilidades são infinitas, já que o presente que aqui está já não é mais quando se faz possível nomeá-lo”.
Neste percurso de pesquisa, que vem como desdobramento do solo “Instante-já”, criado em 2019, alguns materiais foram visitados, como a obra da artista plástica Amélia Toledo, no que gera de reflexão sobre a concretude e a efemeridade à qual pertencemos, e sobre as singularidades que só existem pelo coletivo. Uma citação do filósofo italiano Emanuele Coccia também serviu de motor para a criação: “Viver nada mais é do que se misturar à vida dos outros”.
Parte do projeto “Nosso Chão é Céu”, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança Para a Cidade de São Paulo, ainda em maio (dias 24, 25 e 26), “Sempre mais que um” migra para o Teatro Alfredo Mesquita, na região Norte da cidade.
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Serviço:
“Sempre mais que um” (Reestreia) – direção: Marcus Moreno
Com: Diego Freire, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello.
Dias 10, 11 e 12/5 (sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30).
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 - Lapa, São Paulo - SP
Dias 24, 25, 26/5 (sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30)
Teatro Alfredo Mesquita
Avenida Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo - SP
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 50 minutos
Grátis
Ficha Técnica
Concepção, Dramaturgia e Direção: Marcus Moreno | Elenco: Maurício Florez, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello | Criação de Luz e Espaço Cênico: Hernandes de Oliveira | Trilha Sonora: Antonio Porto | Conceito de Figurino: Marcus Moreno | Artistas em Processo Formativo: Eri Sá e Taísa Garcia | Fotos: Juliana Vinagre e Silvia Machado | Design Gráfico e Mídias Sociais: Juliana Vinagre | Assessoria de Imprensa: Elaine Calux | Ações de mediação: Portal MUD | Produção: Cristiane Klein (Dionísio Produção) e Júnior Cecon (Plural Produção)
Um pouco de Marcus Moreno
Mestrando em Artes da Cena pela Unicamp, tem formação em Comunicação das Artes do Corpo, especialização em Técnica Klauss Vianna (PUC-SP), e licenciatura pela Universidade Anhembi Morumbi. Desde 2012, realiza criações solo, em colaboração com artistas convidados, como “A Imagem como Ausência” (2013), “A Flor da Lua” (Residência Casa das Caldeiras/2016), “Estudo para o Encontro” (2017), ‘Instante-já’, indicado ao Prêmio APCA de Dança/2019 (Espetáculo/Estreia e Criação de Luz e Espaço Cênico de Hernandes de Oliveira), e “Entre Espaço Onde Tudo Existe” (2021). Desde 2016, desenvolve os “Encontros Efêmeros”, criando trabalhos de improvisação com artistas da cena contemporânea. É programador das Oficinas Culturais.
Para saber mais:
https://marcusmoreno.wixsite.com/marcusmoreno
Instagram: @marcusmoreno_danca