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Google está de olho em conteúdos feitos por IA

25 de Abril de 2024

Para priorizar o conteúdo útil, o buscador tem eliminado de seus resultados materiais repetitivos e sem originalidade.

Foto: alexander85ru/ Freepik

Desde a atualização principal de março deste ano feita pelo Google, diversas medidas foram adotadas com o intuito de melhorar a qualidade dos resultados de pesquisa. Para priorizar o conteúdo útil, o buscador tem eliminado de seus resultados materiais repetitivos e sem originalidade feitos por Inteligência Artificial (IA), por exemplo.

Em anúncios do Google, fatores como falta de confiabilidade do conteúdo e materiais criados por inteligência artificial, que estejam desatualizados e com erros, são motivos para desclassificação total. Até mesmo sites pequenos com material gerado por IA foram afetados, conforme divulgado por portais especializados como o Search Engine Land. 

O movimento demonstra como a capacidade do Google em detectar informações geradas por inteligência artificial tem se tornado cada vez mais refinada, o que tende a penalidades inclusive para participantes menores da produção de conteúdo digital.

Esse conjunto de atualizações de 2024 tem como base ajustes algorítmicos que começaram a ser implementados pelo Google em 2022, com o intuito de evitar a concorrência de sites duvidosos com páginas realmente úteis. Assim, o buscador já penalizava sites que usavam inteligência artificial para criar grandes quantidades de conteúdo de má qualidade, mas que fossem muito otimizados para uma boa posição nos resultados.

Com a popularização de modelos de linguagem, como o Gemini, do próprio Google, e o GPT, da OpenAI, “encher” um site com material gerado por IA ficou ainda mais fácil. Segundo a diretora de produto de pesquisa do Google, Elizabeth Tucker, em entrevista à mídia especializada, essa atualização deve ajudar a diminuir em 40% o conteúdo inútil na busca do Google. A expectativa é que, junto a esforços anteriores, conteúdos não originais e que apresentem baixa qualidade sejam reduzidos coletivamente dos resultados de pesquisa.

Estratégias de SEO otimizam conteúdos e ajudam a evitar penalizações

Na nova atualização do Google, foram anunciadas ainda novas políticas anti-spam e o sistema de conteúdo útil do Google também foi incorporado ao sistema geral de classificação. Assim, saber o que é SEO – sigla para search engine optimization – e colocar em prática esse conjunto de técnicas e estratégias para otimizar conteúdos e aumentar a visibilidade de um site nos resultados de busca passa a ser ainda mais importante. 

Com o foco em oferecer aos usuários conteúdo relevante e autêntico, o SEO requer uma abordagem centrada na qualidade e na experiência do usuário. Isso significa criar conteúdo único e informativo, além de otimizar elementos técnicos das páginas, como compatibilidade móvel e velocidade de carregamento.

Conseguir backlinks, por exemplo, também é importante para promover a navegabilidade na web, e o Google os usa como parâmetro para avaliar a autoridade e a confiança de um domínio e suas páginas. Vale lembrar que um backlink é um link que um site recebe de outro. Quanto maior o número de backlinks de qualidade, maior é a chance de um site ranquear nas primeiras páginas do buscador.

Nesse contexto, contar com uma agência de link building brasileira pode ser uma saída para fortalecer a presença online de um negócio, sem precisar recorrer à IA. 

Equipes especialistas tendem a se manter atualizadas e por dentro das novidades lançadas e exigidas pelo Google, produzindo conteúdos relevantes e originais. Essa dinâmica ajuda a fornecer insights sobre as melhores práticas de SEO e a otimizar conteúdos já existentes, por exemplo, para um melhor desempenho nos resultados de busca online.

O problema está na qualidade do conteúdo principalmente 

Como apontado pelo vice-presidente de pesquisa do Google, Pandu Nayak, responsável por supervisionar a qualidade e a classificação, o intuito do Google não é perseguir conteúdo feito por IA, mas sim eliminar das pesquisas materiais inúteis, duplicados e superficiais, sejam eles escritos por humanos, por inteligência artificial ou por ambos.

A atualização tem o objetivo de remover sites considerados “ruins”, ou seja, que não entregam relevância para as pessoas, e, ao mesmo tempo, trazer à tona sites com conteúdo valioso e único. Acontece que, quando a IA começa a ser usada para criar conteúdo em escala, a intenção de atender os usuários é perdida, já que o intuito dessas publicações numerosas é somente subir de posição nos resultados de pesquisa. 

Para Nayak, a maior parte do trabalho de produção de materiais sem qualidade e em massa, muito provavelmente, depende de IA. O movimento serve de alerta também para os proprietários de sites antigos que esperam segurança devido a seus legados, mostrando, mais uma vez, que é necessário se adaptar e se adequar para sobreviver no mundo digital.

Os especialistas indicam que quem gerencia domínios antigos ou menores, por exemplo, passe a conduzir uma auditoria abrangente do site para corrigir problemas. Como a ênfase do Google sempre esteve em aspectos como valor, originalidade e profundidade para o leitor, os sites desindexados e removidos são aqueles que dependem de conteúdo duplicado ou superficial, que não fornecem perspectivas exclusivas.

A campanha de limpeza promete continuar removendo sites de baixa qualidade, que violem as diretrizes do Google ou que usem táticas de SEO questionáveis​, como páginas criadas somente para corresponder a consultas de busca específicas.

É preciso adaptar-se para não ficar para trás

Recentemente, na esteira de tentar garantir que os conteúdos veiculados no buscador sejam úteis e relevantes, o Google adicionou um “E”, de "experiência", aos seus padrões de qualidade de pesquisa, conhecidos como EAT. Além de expertise, autoridade e confiabilidade, a experiência passa a ser ainda mais relevante para uma boa classificação nas páginas de resultados de pesquisa (SERPs).

Como exemplificado pelo Google no seu Blog da Central de Pesquisa, da mesma maneira que é importante ver um conteúdo produzido por um especialista em contabilidade para encontrar informações fiscais, é preciso fornecer informações válidas aos usuários em relação aos temas buscados por eles. Assim, é necessário  demonstrar o EEAT para ganhar força nas SERPs e levar um site aos primeiros lugares no mecanismo de busca. 

Nessa empreitada, o SEO é peça-chave para atender aos padrões EEAT. O Stanford Persuasive Technology Lab listou 10 ações para construir credibilidade e autoridade na web e passar experiência, conhecimento e confiabilidade. O material foi baseado em pesquisas desenvolvidas com mais de 4.500 participantes ao longo de três anos.

Para facilitar a precisão das informações de um site, é recomendado esclarecer a organização real por trás do domínio e a experiência no conteúdo e nos produtos ou serviços oferecidos. É relevante ainda mostrar que pessoas honestas e confiáveis ​​apoiam o site e facilitar o contato com o responsável pelo domínio.

O site também deve ser projetado de modo profissional e apropriado para a finalidade a qual se propõe, sendo fácil de navegar. As diretrizes orientam que o conteúdo seja atualizado com frequência ou que, pelo menos, demonstre que passa por constante revisão. Os conteúdos promocionais, como anúncios e ofertas, por sua vez, devem ser usados com moderação. Erros de toda a natureza também precisam ser evitados, segundo o estudo do Lab.

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