Doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti pode ser mais grave em pessoas com câncer e atrapalhar o tratamento realizado
Dr. Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto | Foto: Divulgação |
O avanço da dengue em Ribeirão Preto tem gerado preocupação. Segundo a última atualização do Painel Epidemiológico, que é abastecido com dados fornecidos pela Secretaria de Saúde Municipal, no período entre 1º de janeiro e 9 de abril de 2024, a cidade registrou 25.227 casos suspeitos e 12.990 confirmados. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, causa febre alta e persistente, fadiga, dor de cabeça intensa, muscular, nos olhos e nas articulações, além de náuseas e vômitos, sintomas que, em pessoas que fazem parte do grupo de imunossuprimidos, como pacientes em tratamento contra o câncer, inspiram cuidados redobrados.
“Os pacientes oncológicos ficam mais suscetíveis às complicações relacionadas à infecção e podem ter um risco maior de desenvolver a forma mais grave da doença, a hemorrágica. Pessoas com câncer hepático ou hematológicos, como leucemias e linfomas, em especial, devem ser acompanhados de perto por especialistas caso tenham o diagnóstico positivo”, orienta Dr. Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
O médico ressalta, ainda, que pessoas com câncer, acima de 60 anos, devem estar mais alertas por conta de comorbidades já existentes como hipertensão arterial, diabetes, doença renal e cardiopatia, que podem contribuir com o agravamento da doença.
A vacina
Liberada pela Anvisa para quem tem entre 4 e 60 anos e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, não deve ser aplicada em pacientes oncológicos, pois é composta pelo vírus vivo atenuado. “O recomendado é que se espere pelo menos seis meses da conclusão do tratamento para, só então, buscar a imunização”, comenta Diocésio Andrade.
Prevenção
A principal forma de prevenção da doença continua sendo o combate à proliferação do mosquito. Entre as ações recomendadas pelo Ministério da Saúde estão a remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de larvas, vedação dos reservatórios e caixas de água e desobstrução de calhas, lajes e ralos. A proteção também deve ser feita por meio da utilização de repelentes.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
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