Retorno aos escritórios, ainda que no formato híbrido, exige melhoria de estrutura física, treinamento de colaboradores e relação autêntica com equipes
Modelos de trabalho precisam ser discutidos e implantados de forma transparente pelas empresas | Foto: Envato |
O retorno ao trabalho presencial, processo que ganhou força em 2023, exige das empresas um novo olhar para 2024: é preciso modernizar o ambiente e capacitar a equipe, inclusive os gestores, para a nova realidade.
“A arquitetura é uma aliada nesse processo de retomada, seja do presencial pleno ou do híbrido. Ao convocar o retorno, a empresa precisa estar preparada para oferecer uma estrutura que justifique ao colaborador estar no escritório e que represente efetivamente a cultura da empresa”, explica Erica Prata, diretora de operações da AKMX Engenharia e Arquitetura, que há mais de 20 anos atua no mercado corporativo.
Se antes os empresários buscavam criar o chamado escritório tipo “Google”, que buscava reter o colaborador por um longo período dentro daquele ambiente, os novos modelos de espaços de trabalho já representam outra realidade. Com o home office, as pessoas passaram a valorizar mais o tempo fora desses locais, o que reforça a importância de mostrar ao funcionário a relevância do retorno.
“Hoje, os espaços precisam ser versáteis e personalizados, analisando a relação entre eficiência, tempo de trabalho e a qualidade dos ambientes para os usuários dos escritórios, que tendem a atuar com estações de trabalho cada vez mais coletivas e menos individuais que servem para profissionais de diferentes setores. É uma fórmula que necessitamos colocar em prática para as novas gerações e levar em conta fatores que antes não eram prioritários”, afirma Erica.
Capacitação e acolhimento
O sucesso do retorno também requer uma comunicação eficaz e sincera com os colaboradores, além de capacitação para este novo momento, inclusive para os gestores. Ao projetar 2024, a arquiteta Claudia Andrade, PhD em estratégias de workplace, vê as companhias carentes de chefias preparadas para reinstituir com êxito as idas aos escritórios.
“As pessoas ainda estão se adaptando ao modelo híbrido de trabalho nos escritórios. As companhias precisam investir em ensinar essa forma de trabalhar aos seus colaboradores e isso não está sendo resolvido. Atualmente, essa missão está apenas sendo delegada para as áreas de Recursos Humanos, facility management etc. As empresas deveriam entender o que significa essa mudança para os seus planos de negócio e treinar as suas lideranças visando conduzir esse processo de forma transparente e autêntica para as equipes acatarem essa transformação em curso”, enfatiza Claudia, que também é autora dos livros “A História do Ambiente de Trabalho em Edifícios de Escritórios: um Século de Transformações” e “O Escritório no Século XXI”.
Segundo a especialista, a adoção do novo modelo de trabalho não pode ser implementada de forma abrupta e sem a empresa apresentar os motivos claros que justifiquem essa mudança. “Se a companhia não explicar as razões, não adianta, não existirá comprometimento dos colaboradores. É necessária a adoção de uma abordagem mais humanizada para que isso ocorra de forma bem-sucedida. Da mesma forma, a liderança não pode ser avisada, de uma hora para outra, que passará a ter de gerenciar um time híbrido”, completa Claudia.
A necessidade de transformação dos ambientes corporativos, aliada a uma instituição de uma política clara para o retorno do regime presencial, fica evidente quando as pessoas do mercado são ouvidas sobre as suas preferências. Uma nova pesquisa global da consultoria empresarial Boston Consulting Group (BCG), que contou com mais de 1.500 participantes de diferentes níveis hierárquicos, apontou que nove em cada dez pessoas consideram o modelo híbrido um fator importante a ser levado em consideração para permanecer em um emprego. O estudo apontou ainda que 21% dos entrevistados prestam serviços presencialmente apenas em ocasiões especiais, 25% possuem dias fixos da semana para irem ao escritório e 39% vão semanalmente até o local de trabalho, mas em dias indeterminados. Já os outros 15% ouvidos revelaram que se dividem entre cumprir seus ofícios de forma totalmente remota ou presencial.
Em meio a esse cenário, a demanda por espaços corporativos vem crescendo gradativamente. Dados divulgados pela CBRE, líder global em aluguel de escritórios, apontaram que, em São Paulo, no ano passado, houve um aumento de quase 50% nas locações no segundo trimestre em comparação com o período anterior de três meses em 2023. De acordo com essa mesma pesquisa, no primeiro semestre a capital paulista contabilizou a locação de 215 mil metros quadrados de escritórios, considerando apenas os novos aluguéis realizados.
Sobre a AKMX
Ultrapassando a marca dos 20 anos de mercado, a AKMX sedia o ranking dos principais escritórios de arquitetura e construção do país com cerca de 1,5 milhão de m² de espaços projetados e mais de 1,2 milhão de m² em obras executadas nos setores corporativo, hospitalar, industrial e varejista. Também desbrava o mundo digital com a startup AKMX Store, um portal com mais de 10 mil produtos e serviços dedicados ao mundo empresarial. Também desbrava o mundo digital com a startup AKMX Store, um portal com mais de 10 mil produtos e serviços dedicados ao mundo empresarial. Com operações em São Paulo, Rio de Janeiro e Miami, traz em seu portfólio mais de mil marcas atendidas, conquistando e fidelizando marcas, como: Maurício de Sousa Produções, Hyundai, CPFL Energia, Volkswagen, Renault, Adidas, Heineken, Deloitte, Millenium, Grupo Fleury, Creditas Auto, EDP Brasil, Electrolux, Bureau Veritas e Grupo Saint Gobain. Citada pelos principais nomes do setor de facility, property e workplace do Brasil como excelência de atendimento, a AKMX é recordista em indicações ao Prêmio Revista Infra FM, promovido pela Revista Infra, influente veículo de comunicação do setor.