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Apple Music adiciona novos recursos ao Android – confira

12 de Janeiro de 2024
Foto: Pixabay

Os aplicativos de streaming de música como o Spotify e Apple Music já dominaram uma grande parte do mercado na última década: atualmente, quatro a cada dez usuários brasileiros consomem música através de uma dessas plataformas, e a proposta de uma assinatura mensal relativamente barata em troca de um catálogo quase ilimitado de canções acessíveis a qualquer momento é bastante atrativa. Na verdade, a influência desse segmento de aplicativo é tão grande que até mesmo os hábitos musicais estão sendo gradativamente alterados por seus algoritmos, como mostra a ExpressVPN.

No entanto, com o número cada vez maior de competidores entrando neste setor, o número de recursos e estratégias que vão além do simples catálogo de música também cresce, tentando justificar e convencer o comprador a assinar um serviço e não outro. Agora, o Apple Music, disponível para iPhones, celulares Android e computadores, oferece novos recursos que chegam primeiro ao Android. Confira.

Atualização do Apple Music traz novo design

A grande novidade da vez para o Apple Music é uma repaginação opcional da arte da capa e tela de reprodução de alguns álbuns e músicas na plataforma. Agora, o player inclui um efeito de desfoque e degradê que se integra a uma versão animada, em vídeo, da arte de capa dos álbuns, caso o recurso seja disponibilizado pela gravadora ou artista.

Nos exemplos já disponíveis na plataforma, efeitos como confetti, neve e água são adicionados por cima dos álbums, enquanto elementos da imagem original ganham vida e passam a se mover. Em alguns casos ainda mais extremos, toda a arte da capa é trocada por um vídeo em loop que representa alguma cena ou letra da canção. Além disso, o aplicativo inclui um novo menu que permite visualizar os créditos da música - incluindo mixagem, masterização, e a disponibilidade de formatos específicos como áudio lossless de alta qualidade ou Dolby Atmos.

O novo visual está disponível na versão beta do iOS 17, que ainda não chegou oficialmente e está previsto para Setembro, e na versão de Android do Apple Music Beta, que pode ser obtida através da loja Google Play. Ainda não há confirmação de que o design será adaptado para a versão via navegador web do aplicativo.

Vantagens e desvantagens do Apple Music

O novo visual é apenas um dos diversos recursos do Apple Music, atualmente o maior competidor do líder de mercado Spotify. Embora no Brasil a plataforma da Apple ainda não tenha conquistado muito espaço, principalmente por não oferecer plano grátis, o app promete uma série de recursos exclusivos que justificam seu valor:

  • Áudio Lossless: a primeira grande vantagem do Apple Music quando comparado a maioria de seus competidores, como o Spotify e YouTube Music, é a disponibilidade de músicas em formato lossless. Os arquivos lossless representam o áudio sem perder nenhuma informação da gravação original, diferentemente dos formatos MP3, AAC e OPUS que descartam parte do áudio para reduzir seu espaço de armazenamento. Embora para a maioria dos usuários a diferença entre um arquivo comum e o áudio lossless não justifique o grande armazenamento exigido, para quem possui equipamentos de som de alta fidelidade ou ouvido particularmente sensível, a qualidade superior de áudio é um grande diferencial da plataforma.
  • Masterização Apple: ainda dentro dos esforços para melhorar a qualidade de áudio, o Apple Music utiliza seu longo histórico de colaboração com a indústria da música, oriundo da loja iTunes, para obter gravações diretamente do estúdio e, em muitos casos, pagar por versões remasterizadas exclusivas. Isso garante que músicas no aplicativo sejam sempre melhores, com melhor diferenciação dos instrumentos, amplitude superior e menos ruído.
  • Dolby Atmos: disponível para o iPhone, iPad e alguns aparelhos Android, o Dolby Atmos é uma tecnologia de áudio espacial licenciada para a Apple e que funciona em diversas músicas dentro da plataforma. O Dolby Atmos simula um ambiente 3D virtual e posiciona os instrumentos individualmente no espaço. Isso significa que ao ouvir músicas usando fones de ouvido, o Dolby Atmos cria a ilusão de sons que circundam o ouvinte, simulando a sensação de estar diante de um palco musical real ou no meio de uma orquestra.
  • Biblioteca do iCloud: embora o catálogo do Apple Music seja bastante grande, com mais de 100 mil músicas disponíveis, é sempre possível encontrar alguma canção que esteja faltando nos aplicativos de streaming. Neste caso, o Apple Music oferece o recurso de biblioteca do iCloud: o usuário pode enviar o arquivo MP3 da música que desejar, e ele será automaticamente sincronizado com todos os dispositivos conectados em sua conta, permitindo até escutar via streaming, sem download.

Dessa forma, é possível notar que a grande estratégia do Apple Music para conquistar os consumidores é uma grande ênfase em qualidade de áudio e recursos premium. Ao mesmo tempo, a plataforma ainda conta com deficiências que podem afastar consumidores brasileiros: a falta de um plano grátis, a pouca variedade de playlists, algoritmo de recomendação de novas músicas inferior aos concorrentes, e pouca quantidade de usuários brasileiros para seguir ou compartilhar listas de reprodução. Ainda sim, o Apple Music pode oferecer um equilíbrio entre recursos, qualidade de som e preço que justificam sua assinatura no Brasil, mesmo para usuários do Android.

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