A professora de matemática Samara de Araújo Oliveira foi presa no último dia 23, enquanto lecionava em escola no Rio
Foto: Getty Images/ Divulgação |
Em São Francisco, uma pequena cidade no interior da Paraíba, um funcionário do Mercadinho Vieira, que funcionava como representação da Caixa Econômica Federal, foi coagido a realizar oito transferências de R$ 1 mil cada, sob ameaça de morte, em setembro de 2010. Os desdobramentos dessa extorsão pegaram de surpresa a professora Samara de Araújo Oliveira, de 23 anos, na semana passada, enquanto ela lecionava em uma escola de Rio Bonito, no Rio de Janeiro.
O Ministério Público e o Tribunal de Justiça da Paraíba expediram um mandado de prisão contra Samara, mas não perceberam que ela tinha apenas 10 anos na época do ocorrido — o que significa que, à época, ela era inimputável perante a lei.
Em nota enviada ao site Metrópoles, o Ministério Público da Paraíba informou que, desde a notificação do caso, na terça-feira (28/11), manifestou-se a favor da revogação da prisão preventiva e do alvará de soltura.
Leia a íntegra da nota:
“O Ministério Público da Paraíba, tão logo cientificado dos fatos, manifestou-se, na última terça-feira (28/11), nos autos do Processo 0800924-69.2022.8.15.0371 favoravelmente ao pleito apresentado pela defesa técnica, pela revogação da prisão preventiva e pela expedição de alvará de soltura de Samara de Araújo Oliveira. Conforme verificado em outros processos, na época, um grupo criminoso do Rio de Janeiro se utilizou de dados de terceiros para movimentar quantias oriundas de extorsão. No caso, a jovem teve seu CPF citado em investigação policial que detectou o uso do documento na abertura de conta-corrente bancária.”