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Novembro azul: 1 em cada 7 homens pode desenvolver câncer de próstata

10 de Novembro de 2023

A neoplasia de próstata é o tumor sólido (não cutâneo) mais diagnosticado no país. Estes números alertam para importância da prevenção e diagnóstico precoce do tumor

Dados do INCA mostram que câncer de próstata é o terceiro mais diagnosticado no país

No mês de novembro, a campanha de alerta para a saúde do homem e a prevenção ao câncer de próstata ganham visibilidade com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), que espera mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2023.

Segundo o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas, Dr. Murilo Andrade (CRM: 116423 / RQE: 33267), um em cada sete homens pode desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns fatores de risco mais comuns são relacionados ao envelhecimento, fatores hereditários, principalmente homens com parentes do lado paterno que tiveram câncer de próstata, obesidade, entre outros. Ele alerta que, nas fases iniciais, o câncer não apresenta nenhum sintoma, como dificuldade para urinar ou sangramento na urina e, por isso, a importância do rastreamento clínico.

“Quanto mais precocemente for detectado o tumor, maiores são as chances de cura. Então é importante fazer a avaliação periódica com o urologista, fazendo-se o exame de toque retal e o de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é o exame sanguíneo que dosa essa proteína no sangue. Fazendo esses dois exames de rastreamento, que são complementares, a taxa de detecção dos tumores é alta, melhorando a precisão e qualidade do tratamento”, explica.

Havendo suspeita de câncer de próstata, seja pelo PSA elevado ou por uma alteração no exame de toque retal, o urologista pode fazer uma confirmação com um novo exame de PSA ou exames de imagem, através da ressonância magnética. Caso haja uma forte suspeita, o paciente deverá realizar uma biópsia de próstata. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de próstata pela biópsia, é feito um estadiamento, ou seja, uma avaliação do estágio clínico do tumor.

Os estágios clínicos podem ser tumores de baixo risco, risco moderado e alto risco. Com base nessa avaliação, serão propostas algumas modalidades de tratamento. Para casos de baixo ou muito baixo risco, onde o tumor pode levar anos para se tornar biologicamente agressivo, o paciente, caso concorde, pode passar pela vigilância ativa que é o acompanhamento periódico sem necessitar de um tratamento definitivo naquele momento. Nesse caso, é importante que o paciente se comprometa a realizar todas as etapas da vigilância ativa, que envolve exames periódicos, inclusive com novas biópsias da próstata.

Como tratamento definitivo do câncer de próstata temos a cirurgia, denominada prostatectomia radical, ou remoção da próstata, que oferece as maiores taxas de cura desta neoplasia.

No Hospital São Lucas, com o uso da plataforma robótica Da Vinci realizamos a cirurgia pela via robótica, trazendo menor tempo de internação, maior precisão cirúrgica, menor dor no pós-operatório, menores taxas de transfusão sanguínea e grandes avanços na recuperação funcional em termos da continência precoce após a cirurgia e a recuperação da função erétil. Outras modalidades de tratamento incluem a radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.

O especialista ressalta que o câncer de próstata é o tumor sólido mais comum que atinge os homens e deve ser diagnosticado precocemente para que não haja complicações como metástases e acometimento de estruturas locais. Para diminuir as probabilidades de câncer de próstata, ele recomenda um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada e atividades físicas regulares.

É também fundamental a compreensão dos homens da importância do acompanhamento urológico a partir dos 40 anos, válido para diminuir complicações do diagnóstico tardio, melhorar taxas de sucesso dos tratamentos e, assim, ampliar a expectativa e qualidade de vida, conclui o especialista.

Urologista e especialista em cirurgia robótica alerta importância do acompanhamento para tratamento mais eficaz
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