Após atingir o menor valor desde maio, kit mínimo de alimentos tem alta puxada pelo aumento do custo dos combustíveis
Batata inglesa foi o item com maior inflação, subindo em média 45,6% no município e até 70,36% na região Central |
O preço dos alimentos subiu, em média, 3,68% no mês de outubro, segundo levantamento da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). O custo mensal da Cesta Básica na cidade teve um valor médio de R$ 612,02.
Em setembro, o mesmo kit de alimentos essenciais podia ser comprado por R$ 590,32 - menor índice registrado desde maio, quando a pesquisa começou a ser feita.
Os pesquisadores responsáveis afirmam que fatores relacionados aos combustíveis provocaram a alta dos alimentos. Ainda assim, o cenário é considerado de melhora, pois a deflação e desinflação do período mantém valores melhores que os registrados no ano passado. “Apesar desse crescimento nos preços neste mês, as previsões para a inflação sobre os alimentos em 2023 continuam sendo inferiores aos níveis de 2022, sendo que a inflação acumulada nos últimos seis meses é de -5,05%”, afirma Livia Piola, analista do Instituto e Economia Maurilio Biagi da Acirp.
A maior alta foi a da Batata Inglesa, que subiu, em média, 45,6% no município, chegando a uma inflação de 70,36% na região Central. O preço do tubérculo foi afetado pela queda na oferta do produto devido às condições climáticas que atrasaram a produção.
A coleta de dados foi feita no dia 19 de outubro, quando os representantes do Instituto de Economia Maurílio Biagi do Departamento de Relações Institucionais da Acirp visitaram onze supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões do município.
Índice por região
Analisando o custo da cesta de consumo por região, a área Central apresentou desta vez a ração mensal mais cara do município (R$652,49), um aumento de 10,22% em relação a setembro. As cotações nas regiões Norte e Oeste, em contrapartida, foram as mais baratas: R$531,58 (alta de 0,26% em relação ao mês passado) e R$594,31 (+2,49%), respectivamente. Na Zona Leste, a cesta saiu em média por R$ 635,55, com aumento de 3,36% no comparativo com setembro. Já a Zona Sul, que tinha a cesta mais cara na última pesquisa divulgada, registrou custo médio de R$ 624,81 e um aumento de 0,4%.
Dados do estudo
Os 13 itens avaliados mensalmente pela Acirp são os mesmos considerados pela cesta descrita no decreto nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais mensais de um indivíduo de idade adulta. A cesta considerada pela Acirp inclui carne de alcatra (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.