Por Camila Piva
O mercado de cinema e televisão
Foto: Divulgação/ Internet |
Definir o que é o audiovisual, parece ser algo simples, mas trabalhar com esta linguagem supõe muito conhecimento e criatividade. O audiovisual é um meio de comunicação que faz uso ao mesmo tempo de elementos visuais e sonoros. O mercado está em alta no mundo e deve crescer cada vez mais.
As principais mídias audiovisuais são o cinema e a televisão. A TV tornou-se mais sólida por ser um veículo de informação e de conhecimento. Ela possui uma função como um canal de comunicação e informação, mas a reflexão das pessoas é dar um significado mais amplo no seu papel social.
A mídia audiovisual tem uma linguagem afetiva, muitas vezes levando a exageros nas emoções o que pode dificultar uma reflexão racional daquilo que se está assistindo. Por meio deste é possível ver a realidade pelo olhar de outras pessoas. Isso dificulta uma análise distanciada e crítica e a condução a ideias e visões de mundo dirigidas e construídas para manipular as pessoas.
Atualmente com a internet as imagens e os vídeos ganharam força no mercado do marketing e da comunicação. Esta abrangência estimula a criação e divulgação dos produtos audiovisuais. Este é composto por dois pontos: visual, sonora e verbal que juntas transmitem uma linguagem perfeita. A compreensão de seus códigos não pode ser abandonada, porque elas trazem possibilidades maiores para uma reflexão mais diretamente ligada aos princípios de cada um.
Afinal os recursos audiovisuais têm benefícios importantes, pois trazem a oportunidade de demonstração de produtos, serviços, notícias com mais rapidez, proporcionando também uma maior proximidade com o público. Hoje é mais fácil explicar processos complexos utilizando-se o audiovisual. Em uma sociedade capitalista trazem melhor relacionamento com os seus clientes, ouvintes, alunos etc. Além disso dão a possibilidade de usar mais de uma vez o mesmo conteúdo. Ainda falta uma valorização maior da cultura para que se possa ter todos os recursos que estão disponíveis de uma forma correta e para que os países possam valorizar a sua história e o seu passado.
Segundo José Vicente Taddeo de Andrade, professor do Centro Acadêmico Armando Alvares Penteado, não existe uma lei de incentivo voltada para produções pequenas e as produtoras grande usam as leis de incentivo. “Então essa questão política que impede a gente de entrar em uma engrenagem, por várias razões. A primeira é que cinema no Brasil não dá dinheiro. Ninguém vai ser burro de investir cinco milhões de reais para perder quatro,” diz José.
As dificuldades éticas são demonstradas constantemente pela falta de responsabilidade que alguns comunicadores através dos recursos audiovisuais procuram moldar o pensamento das pessoas em favor de seus próprios interesses. Essa atuação antiética que trabalha com o mal uso desses elementos pode causar uma dependência ideológica, o que com certeza trará prejuízos e falta de reflexão para um enorme público.
De acordo com José Vicente Taddeo de Andrade existe um preconceito com as produções nacionais. “Para você conseguir fazer um filme custa muito caro para ser realizado. Dificilmente você faria um filme com menos de um milhão e meio de reais, com raríssimas exceções. E ninguém tem esse dinheiro no bolso e quem tiver não vai investir, porque não vai ver esse dinheiro em receita,” fala José.
Segundo o crítico de cinema americano Bill Nichols os motivos de respeito as questões éticas são fundamentais para a produção de arte e cultura. Para ele em todo filme/documentário é preciso evidenciar uma cultura e reproduzir as pessoas que elas integram. De acordo com Nichols, registrar situações e acontecimentos com fidelidade e verdade, representar os interesses dos outros são fatores importantes na produção das mídias audiovisuais.
Em um mundo globalizado como o atual a economia é o principal foco. Isso é importante, mas as dificuldades políticas em relação ao uso e a transmissão da cultura é em muitas situações deixada de lado. Isso empobrece o povo além de causar um interesse somente nas produções que possam trazer enriquecimento financeiro.
“A gente não tem uma engrenagem, depende do governo e o governo abre as suas leis de acordo com seus interesses, quantidade de dinheiro que eles têm para investir e a gente sabe que os pareceristas optam por trazer projetos que muitas vezes não dialoga com o telespectador,” fala José.
A linguagem audiovisual é usada como um meio de representação de política e social. Principalmente por meio das imagens e sons a sociedade global se fundamenta, pois essa linguagem torna possível a disseminação de uma quantidade imensa de informações sob os diversos contornos e gêneros. No futuro, espera-se uma maior interatividade e participação do espectador no meio audiovisual.
“Existe uma falta de cuidado em olhar para quem é esse filme, onde ele vai ser exibido e se ele dialoga com esse público,” diz José Vicente Taddeo de Andrade.
Com respeito a ética as tecnologias que surgem permitirão que espectadores e todo o mundo possam se envolver com esse conteúdo cada vez mais, para tomar suas próprias decisões.