Cultura - Música

Marc Yann reflete sobre assédio e manipulção em seu novo single “Dance Até O Coração Curar”

19 de Setembro de 2023

Nova canção reflete sobre vivências do artista em campo profissional e é um feat com o cantor curitibano AGNESS

Créditos: Leandro Silva

Chegando como um manifesto de liberdade contra o assédio e manipulação, o cantor e compositor Marc Yann comemora o lançamento de seu mais novo single de trabalho, “Dance Até O Coração Curar”. A nova canção autoral e que retrata vivências do artista no campo profissional, é um feat com o cantor AGNESS chega em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira (15), acompanhado de um videoclipe no YouTube. 

Marc começou a compôr a canção no começo deste ano, entretanto não havia pretensão de lançar. A inspiração para a música surgiu em um momento sombrio e de mudanças inesperadas e perturbadoras em sua vida. Ao sentar no teclado para escrever e dedicá-la também à uma amiga que vivia aquela situação junto dele, percebeu que poderia usar o novo som como uma ferramenta para se curar e ajudar os outros a enfrentar desafios semelhantes.

“Me inspirei em vários fatos que estavam acontecendo na minha vida ao mesmo tempo: assédios no trabalho, falsas acusações e perda de amigos. Depois de passar por isso ao lado de uma amiga, percebi que tudo foi assédio e aquilo me derrubou. Sempre me considerei uma pessoa forte e que jamais aceitaria aquelas situações vendo de fora. De repente, percebi que estive preso nelas por anos aceitando calado por medo de perder status ou dinheiro dentro de uma companhia. Todos os dias eu ainda processo o que me aconteceu naqueles anos de trabalho e assédio e tento me colocar em um lugar de luz, pra não deixar aqueles monstros vencerem pelo o que fizeram comigo e as pessoas ao meu lado”, conta Marc.

Esse é um dos lançamentos mais especiais para o artista e marca um episódio de superação e resistência. A canção expressa o manifesto de libertação contra toda a escuridão vivida. “Hoje essa música é para abraçar todas as pessoas que já estiveram em alguma escuridão achando que aquilo fosse o que elas mereciam”, aponta o cantor.

O novo som é um eletrônico e que chega com uma pegada de pop, inspirado em grandes hinos de superação das divas do gênero. “Queria ter minha própria música para cantar aos berros, dançar sem medo e me sentir empoderado, tipo ‘Firework’, da Katy Perry e ‘Rain on Me’, da Lady Gaga”, completa o cantor.

O FEAT

A participação de Agnes é um ponto muito especial para este lançamento. “Inicialmente, seria uma canção solo, porém estava com medo de lançar essa música sozinho por conta dos traumas e porque enxergava ela com muita dor. Depois de um bom tempo com ela na gaveta, chamei o AGNESS que se identificou na hora com a música e me fez acreditar novamente nessa letra e principalmente, transformou a faixa em algo maior ainda”, ele explica.

AGNESS é um cantor curitibano que tem conquistado grandes espaços pelo estado, cantando na Marcha da Diversidade, Parada LGBTQIAP+ da Argentina. O artista traz um pop inspirado em Marília Mendonça, Jão e com uma leve pegada rock.

O VIDEOCLIPE

“Dance Até O Coração Curar” também ganhou um visualizer que já está disponível no YouTube chega com o objetivo de simbolizar monstros e fantasmas tentando me assombrar o artista. “Por mais que eu esteja todo de vermelho, empoderado, poderoso, ainda sinto esses monstros tentando me alcançar e me perseguir pela floresta, que representa meu espaço seguro”, explica o cantor sobre o clipe.. 

Produzido por Marc e com ajuda de amigos e profissionais de Foz do Iguaçu, cidade em que o artista vive, o audiovisual foi gravado em uma floresta e chega de forma impactante, com o objetivo de representar toda a luta contra os monstros. 

“Sem todos que me ajudaram nesse audiovisual, nada dessa visão criativa para a música seria possível. Eles me ajudaram com o investimento, ideias, e souberam exatamente como eu queria, e principalmente entenderam que fazer tudo isso é parte do meu processo de cura também. Sou eternamente grato a eles por esse projeto, mas principalmente por estarem lá depois da escuridão”, finaliza.

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