Alguns acreditam que existe um signo a mais no zodíaco, o Ofiúco ou Serpentário, mas astrologia esclarece as teorias sobre o assunto
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Quem tem costume de acompanhar o horóscopo diário ou ler conteúdos relacionados à astrologia provavelmente já deve ter ouvido falar sobre o 13º signo. A história sobre um novo signo do zodíaco vem sendo comentada nas redes sociais desde que a NASA divulgou um artigo no qual especificava a existência de outra constelação que não foi considerada para o surgimento dos signos solares.
A descoberta logo levou muitas pessoas a acreditarem na possibilidade de mais um signo além dos 12 já conhecidos pela astrologia. Essa história causou burburinho na internet, afinal, o novo signo entraria entre Escorpião e Sagitário, mudando a data de início e fim de todos os outros do zodíaco. Mas será que o 13º signo realmente existe?
Para tentar frear o desespero dos amantes por astrologia, volta e meia surgem explicações acerca do assunto, respondendo se há ou não um novo signo no horóscopo.
Nova constelação e a teoria do 13º signo
A nova constelação que vem gerando debates nas redes sociais é conhecida há tempos pela astronomia, mas só agora virou assunto na internet. Seu nome é Ophiuchus (Ofiúco, em português), mas é mais conhecida como Serpentário.
Segundo o Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esse nome é associado a um personagem da mitologia grega considerado o deus da medicina. De acordo com a lenda, ele passou a se dedicar à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com ervas que trazia na boca. Essa imagem é, inclusive, o símbolo utilizado para representar a medicina até os dias atuais.
Além da teoria do novo signo surgida na internet a partir da descoberta de Ofiúco, a NASA fez algumas revelações que, para muitos, muda tudo na astrologia. Segundo o órgão, a Terra não possui a mesma posição no universo que tinha nos tempos em que os babilônios criaram o zodíaco.
Além disso, também foi revelado que as constelações possuem tamanhos diferentes. Dessa forma, o Sol não demoraria tempos iguais para passar por cada uma delas, o que também faria com que as datas dos signos mudassem.
O que a astrologia diz a respeito do 13º signo?
Tais descobertas e teorias têm levado muitos a duvidarem se o que a astrologia analisa ainda é válido. Por exemplo, se uma pessoa fez seu mapa astral e descobriu que era de Câncer, com a nova configuração, ela agora seria geminiana.
Mas será que essa história de 13º signo é verdade? Segundo a astróloga Cláudia Lisboa, o primeiro ponto que deve ser considerado é que astronomia e astrologia não são iguais e que os signos e constelações também são coisas diferentes.
“Os signos são campos de energia que circundam nosso planeta, como uma espécie de espectro da luz. Os signos existem a partir da ideia de estações e eles foram criados com os humanos no hemisfério norte, onde a primavera começa no equinócio de março”, explica.
O primeiro signo, portanto, é Áries e começa exatamente no dia em que acontece o equinócio de março. A partir disso, Cláudia explica que os estudiosos fizeram 12 subdivisões iguais do caminho aparente do Sol em torno da Terra. Dessa forma, ao longo do ano, o astro vai percorrendo esse espaço energético, representando a luz de cada signo naquele período.
Antes de mais nada, é preciso entender também que algumas constelações possuem o mesmo nome que os signos da astrologia, mesmo representando conceitos diferentes. Essa compreensão já ajuda a evitar confusões sobre o assunto.
A ideia de um 13º signo surgiu, pois, no decorrer da trajetória do Sol, ele também passa por algumas constelações zodiacais, como o Serpentário, fazendo com que muitos acreditassem que isso representaria a existência de um novo signo.
Como a NASA destacou, a Terra não possui mais a posição que tinha anos atrás. Na época em que o zodíaco foi criado, Cláudia explica que a data de início de Áries coincidia com a posição da constelação de mesmo nome, o que também aconteceu com outros signos e conjunto de estrelas. Essa configuração, segundo a profissional, aconteceu a aproximadamente 4.500 mil anos atrás e atualmente não é mais a mesma.
“A Terra tem rotação, ela gira em torno do próprio eixo, tem translação, ela faz o percurso em torno do Sol durante um ano, e ela ainda tem um movimento de bamboleio do eixo. Esse movimento é como se fosse um pião rodando, que vai deslocando o chamado ponto equinocial que determina o signo. Isso vai fazendo com que, pelo movimento de deslocamento, esse ponto vá aos poucos apontando para outra constelação”, explica a profissional sobre a mudança da posição da Terra em relação às constelações.
Essa movimentação denominada como precessão dos equinócios, conforme Cláudia Lisboa, dura aproximadamente 26 mil anos e sempre foi conhecida pelos estudiosos de astrologia. Portanto, a movimentação da Terra em relação às constelações não interfere nas análises astrológicas.
“Continuamos com os nossos 12 signos. Você continua sendo o signo que você conhece, pelo menos nessa forma de astrologia chamada de astrologia tropical, que a maioria dos ocidentais tem conhecimento”, afirma Cláudia Lisboa.