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Suspeito de matar menina de 10 anos em Rio Preto é preso; homem afirmou que estava “transtornado”

14 de Setembro de 2023

Membros das polícias Civil e Militar de Rio Preto participam de coletiva nesta quinta-feira para falar sobre o caso

Membros das polícias Civil e Militar de Rio Preto participam de coletiva nesta quinta-feira (14/9) no Comando de Policiamento do Interior -5 (CPI-5), localizado no no bairro Jardim Aeroporto. O objetivo é informar sobre o a prisão do suspeito e o caso de homicídio envolvendo uma menina de apenas 10 anos no bairro Setparque.

Suspeito chega algemado no plantão policial nesta quarta. | Foto: Divulgação/PM RP

Com a alegação de “ser usuário de drogas e estar transtornado” no momento do crime, o suspeito de matar a menina de 10 anos foi preso e apresentado na Central de Flagrantes na noite desta quarta-feira. De acordo com informações da Polícia Militar, o rapaz de 27 anos é vizinho da vítima, tem antecedentes criminais e chegou a cortar o cabelo para tentar não ser reconhecido após a ação criminosa. A vítima teve o corpo encontrado em uma casa em construção no bairro Setparque no período da manhã.

As informações da PM dão conta ainda de que a câmeras de segurança vizinhas à obra em que a criança foi encontrada por um pedreiro, flagraram o principal suspeito detido por agentes na garagem da casa dele no bairro Santo Antônio e confessou o crime na delegacia. Nas imagens, ele aparece saindo da obra e retirando a camiseta que utilizava.

“Nós conseguimos imagens desse indivíduo agora no início da noite saindo dessa construção, retirando uma camiseta e se limpando. Fizemos contato com uma moradora na localidade, que de imediato reconheceu ele. Disse que tinha crescido com esse indivíduo e reconhecia ele sem sombra de dúvidas. Então fizemos diligências para localizá-lo e foi encontrado na residência dele e o trouxemos para a DIG e aqui, ele acaba de confessar o crime”, confirmou à imprensa o tenente Murilo Blanco, da Polícia Militar.

“Ele é vizinho da menina e alega que é usuário de drogas e que levou essa criança por meio de um diálogo, por um convencimento. Ele não falou se ela estava em casa, à princípio, eles estavam andando na rua. A hora que fizemos a prisão ele estava tranquilo [questionado se ele aparentava ter usado drogas]. É uma pessoa grande e tem uma característica marcante que é o cabelo dele. Tinha um cabelo estilo ‘black power’, isso mostra na imagem. E a própria mãe disse que assim que chegou em casa, pediu para cortar o cabelo”, complementa o agente.

Blanco deixou claro que a questão de violência sexual ainda terá que ser apurada, pois o suspeito não confirma. “Abuso sexual, ele não confessa ter praticado contra a criança. Disse apenas que estava maluco, possuído, transtornado e não sabe o porquê que ele cometeu essa atrocidade, mas não conta detalhes, apenas confessou o crime”, encerrou o militar.

Apurou-se no plantão que o homem tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma e tráfico de drogas. A menina apresentava ferimentos causados possivelmente por uma faca no pescoço e rosto. Após os procedimentos legais na delegacia, o vizinho da garota terminou encaminhado à carceragem da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

Participam da coletiva desta quinta responsáveis ​​pela investigação e pelo policiamento na região como tenente Coronel Marcelo Lessa (comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar do Interior – 17º BPM/I), tenente Murilo Blanco (Comando Força Patrulha, coordenador da equipe responsável pela localização do suspeito) e o delegado Alceu Lima de Oliveira (Deic), que está conduzindo as investigações.

Foto: Divulgação/PM RP

Boletim de ocorrência

O registro policial foi formalizado na última terça-feira foi mãe da jovem. Ela relatou ao delegado “que a garota e o filho mais velho ficam sozinhos enquanto ela e o padrasto trabalham. A menina estuda de manhã e o irmão no período da tarde. O irmão contou que encontrou com a menina no caminho da escola, última vez que foi vista por um familiar. Quando chegou em casa o companheiro lhe disse que o menino não viu a irmã na no local onde estudam e sentiu falta dela. Já procurou nas proximidades e perguntou para vizinhos, mas não obteve nenhuma notícia do paradeiro da criança”.

Questionada pelo delegado, disse ainda que “a filha não tem o hábito de sair de casa, sendo que sempre vai à escola e volta normalmente, ficando na residência até o retorno dos responsáveis. A menina não tem problemas de saúde e não soube informar quais roupas ela estaria vestindo quando desapareceu”.

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