Práticas como beijar o bebê devem ser evitadas para não favorecer os riscos de infecções e viroses
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No Brasil, todo ano, nascem cerca de 2,5 milhões de bebês. O dado foi divulgado pelo Portal da Transparência do Registro Civil, sendo uma estimativa para o número de nascimentos em 2022. A chegada de uma criança é sempre um momento de entusiasmo entre brasileiros, que têm o costume de visitar os pequenos ainda recém-nascidos no hospital.
A prática, apesar de ser popular no país e representar um ato de afeto, pode colocar em risco a segurança da mãe e do bebê, caso seja feita sem os cuidados necessários. Antes de considerar visitar um recém-nascido, por exemplo, deve-se se o visitante não tem algum sintoma de doença, pois a visita pode acabar se tornando uma forma de contágio.
Órgãos ligados à saúde apontam que a higienização é fundamental nesses momentos e que alguns hábitos, como beijar o bebê, devem ser evitados. Além disso, no Brasil também há o costume de presentear os recém-nascidos durante a visita. Segundo o D'Or Mais Saúde, é preciso prestar atenção se todos os produtos são adequados para bebês, principalmente, se são hipoalergênicos.
Cuidados ao visitar um recém-nascidos
No Brasil, as visitas aos recém-nascidos são uma prática comum entre muitas famílias. Nas redes sociais é possível ver, inclusive, influenciadoras digitais compartilhando o quarto maternidade, cômodo preparado especialmente para receber o bebê e as visitas de amigos mais próximos. Viih Tube, Bianca Andrade e Virgínia Fonseca são algumas das celebridades que investiram em detalhes no espaço para ornar com a decoração do quarto infantil.
Tendo em mente que essas visitas são comuns, é importante ter atenção a alguns detalhes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os recém-nascidos possuem menor defesa imunológica, o que os torna mais suscetíveis a infecções e viroses.
Além disso, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) destaca que, após o parto, as mães também estão com a defesa do organismo fragilizada.
Um ponto destacado por diferentes órgãos de saúde e pediatria é a visita de familiares e amigos doentes. A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) destaca que, antes de considerar visitar um bebê no hospital, é importante manter-se atento a alguns sintomas, principalmente os de caráter respiratório, como tosse, febre e até mesmo uma simples coriza.
Já o IFF/Fiocruz aponta que sinais de doenças de pele, conjuntivite ou qualquer outra doença infectocontagiosa também são um alerta para suspender a visita. A entidade afirma que, nesses casos, a ideia de não chegar perto ou segurar a criança não basta, pois ainda assim há possibilidade de contágio.
No caso das pessoas que não apresentam nenhum problema de saúde, as visitas podem ser feitas caso sigam algumas práticas. Segundo a SPSP, deve-se redobrar os cuidados com a higiene, com a lavagem das mãos corretamente, uso de álcool gel e máscaras para aumentar a proteção.
De acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), mesmo com a higienização, não é indicado beijar e segurar a mão do bebê, já que ele tem o costume de levá-la até a boca. Outro aspecto levantado pelo órgão é o uso de perfumes, que deve ser evitado para não causar reações alérgicas.
Ainda conforme a IFF/Fiocruz, as visitas devem ser organizadas para não formar aglomeração em volta da criança, para evitar contágios e estresse ao recém-nascido. Além disso, vale saber se a prática foi autorizada pelo médico responsável, pois, em alguns casos, as visitas não são recomendadas para garantir segurança à mãe e ao bebê.
Boas práticas na visita ao recém-nascido
Segundo a SPSP, semanas após o parto, os pais podem estar sobrecarregados e a mãe passando pelo puerpério, momento que tende a experienciar uma maior fragilidade. Sendo assim, é importante ter o bom senso e saber respeitar o momento.
Os horários de amamentação devem ser evitados, pois são momentos difíceis para algumas mães, além de ser algo íntimo entre elas e os bebês.
Caso o recém-nascido esteja dormindo durante a visita, não se deve pedir que os pais acordem a criança.
Além disso, o órgão recomenda que as visitas sejam curtas para não atrapalhar a rotina da família que está se formando.
Existem ainda práticas de bom-tom que podem agradar e evitar estresses. As fotos e vídeos, por exemplo, só devem ser feitas com a autorização dos pais.
Já em relação aos presentes, roupas, kit de fralda e produtos de higiene infantis são boas pedidas, pois o consumo é muito alto na primeira infância.