Delegado conversou informalmente com o homem que falou sobre o uso de uma terceira faca
Davi Izaque Martins da Silva, de 26 anos, fez uma confissão informal e gravada à Polícia Civil, nesta segunda-feira (21/8), sobre o assassinato da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos. O crime aconteceu na última sexta-feira (18/8) e o homem está preso desde o último sábado (19/8).
Namorado confessa crime e diz que estava sob efeito de drogas ao matar médica | Foto: Reprodução/ Redes sociais |
Segundo o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, responsável pelas investigações, Davi é usuário de cocaína e êxtase e afirmou que não premeditou o crime. “Ele prestou um depoimento informal, porém gravado, contando que estava sob efeito de drogas e que só se deu conta do que tinha feito quando passou o efeito dos entorpecentes. As imagens do circuito interno de segurança do prédio, onde aconteceu o crime, vão ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos”, afirmou o delegado.
Testemunhas afirmaram, em depoimento, que ouviram uma briga entre o casal na tarde do crime. Depois os barulhos cessaram e a investigação aponta que Davi teria deixado o prédio em seguida.
O corpo da médica foi encontrado dentro de uma mala, no apartamento, depois que uma amiga procurou a polícia para registrar o desaparecimento. A mulher contou à polícia que sabia que a vítima estava de folga e desconfiou de um crime quando recebeu uma mensagem do celular da vítima dizendo que estava demorando a responder porque estava trabalhando muito.
Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, foi encontrada morta na tarde de sexta-feira (18/8) em Rio Preto-SP |
De acordo com o delegado, o homem afirmou que se passou pela médica e mandou mensagens para amigos e familiares. “Ele tinha a senha do celular da vítima. Apenas ele tinha. Os familiares e amigos não tinham o código. Ele usou o aparelho para tentar enganar a todos e confessou isso”, acrescentou.
Ainda de acordo com Alceu Lima de Oliveira, a motivação do assassinato teria sido ciúmes e três facas teriam sido usadas para matar a médica. “Nós encontramos duas facas no apartamento. Uma estava suja de sangue e o Instituto de Criminalística apontou que a outra tinha vestígios. Nesta conversa informação, o Davi falou de uma terceira faca”.
O motorista de aplicativo que pegou Davi na frente do prédio se apresentou à Polícia Civil de forma voluntária e prestou esclarecimentos. Em depoimento, o homem contou que Davi sentou no banco atrás do motorista e que não foi possível vê-lo durante o trajeto, mas que conversaram sobre um cheiro de carne dento do carro.
A Polícia Civil ainda deve ouvir, pelo menos, outras duas testemunhas no caso. Davi segue preso preventivamente na carceragem da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC).
*Contém informações do Gazeta de Rio Preto.