Especialista da BP sugere incluir a colonoscopia na rotina de exames a partir da idade recomendada e na periodicidade que o médico indicar
Um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil tem sua origem em uma alteração nas células do intestino grosso, quando ocorre um crescimento desordenado do tecido do órgão. Essas elevações são chamadas pólipos. “A maior parte da população adulta tem ou terá pólipos no intestino. Em princípio, essas formações são benignas, mas com o tempo, podem evoluir para tumores colorretais”, explica Ricardo Saraiva de Carvalho, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O médico estima que um pólipo pode levar de 10 a 20 anos para se tornar maligno. Nesse período, o grupo de células se multiplica mais rapidamente e sofre modificações de características, passando a invadir os vasos sanguíneos e podendo se disseminar para outros órgãos, conforme alerta o especialista da BP. Apesar disso, o tratamento não é complicado.
Centros especializados, como a BP, oferecem a colonoscopia, que é o principal método para prevenir o câncer colorretal. “Esse exame permite obter o material por meio da biópsia, e possui também um caráter terapêutico, pois possibilita a remoção completa dos pólipos”, afirma o Ricardo. O procedimento envolve a introdução do colonoscópio, um tubo fino e flexível equipado com uma microcâmera de alta definição, que permite visualizar internamente o intestino e o reto, detectando qualquer tipo de anomalia.
No entanto, a prevenção só está completa com a adoção de hábitos saudáveis, acrescenta o oncologista. Ele recomenda evitar alimentos industrializados, ultraprocessados, embutidos, conservantes, fast-food, carne vermelha, condimentos, gorduras saturadas e conservantes, pois estes itens são culpados pelo processo inflamatório do qual os pólipos se originam. O ideal é adotar uma dieta mais natural, rica em fibras e vegetais. Além disso, a prática de atividade física também é uma importante aliada. “Essa receita ajuda na prevenção de pólipos e câncer colorretal e de muitas outras doenças”, conclui.