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Anac autoriza 1.973 novas rotas pedidas pelas empresas aéreas

17 de Janeiro de 2014

O maior número na oferta de voos durante a Copa do Mundo poderá evitar aumento abusivo no preço das passagens aéreas durante os jogos, afirmou o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flávio Dino. "Após duas empresas terem adotado voluntariamente um teto de R$ 999,00 para cada trecho durante a Copa, a ampliação na oferta de voos é mais uma medida que poderá beneficiar os consumidores e torcedores", disse.

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou, nesta quinta-feira (16), 1.973 pedidos de novos voos em 25 aeroportos do País no período da Copa do Mundo, entre junho e julho. Os turistas brasileiros e estrangeiros terão, aproximadamente, 80 mil frequências disponíveis durante o mundial de futebol, segundo a agência reguladora.

As solicitações foram atendidas considerando-se o número de alterações apresentadas por companhia e a capacidade de pista, de pátio e de terminal dos 25 aeroportos coordenados pela agência durante a Copa, explicou o diretor-presidente da ANAC, Marcelo Guaranys. “São 12 cidades-sede dos jogos além de outros 13 a até 200 quilômetros de distância dos estádios”, detalhou ele.

As rotas mais solicitadas pelas companhias foram: Galeão (RJ) para Ezeiza (Argentina), Brasília para Guarulhos (SP), Brasília para Guarulhos (SP), Fortaleza (CE) para Guarulhos (SP), Santos Dumont (RJ) para Viracopos (SP) e Galeão (RJ) para Aeroparque (Argentina). Já as cinco rotas mais solicitadas entre as cidades-sede foram: Brasília para Guarulhos, Fortaleza para Guarulhos, Santos Dumont para Campinas, Natal para Guarulhos e Recife para Guarulhos.

A partir da próxima semana, as companhias deverão analisar as autorizações concedidas para solicitar ajustes necessários e consolidar a malha. “Novos slots (conexão) poderão ser pedidos, sempre de acordo com a capacidade dos aeroportos Os horários disponíveis ainda poderão vir a ser alocados”, disse o diretor-presidente.

Preços das passagens

Guaranys informou que, até o momento, apenas 4% das passagens que serão ofertadas para a Copa foram vendidas. Para ele, um volume maior de bilhetes deve ser comercializado a partir de fevereiro e que os preços devem cair até lá. Ele afirmou, ainda, que a Agência vai acompanhar, a cada 15 dias, os preços que as empresas aéreas nacionais estão cobrando pelas passagens para os destinos do evento. “Caso seja identificado abuso de preços, os órgãos competentes deverão punir as empresas”, garantiu.

Pesquisa feita recentemente pela Embratur, fora do período de alta demanda, mostra que os preços praticados pelo setor aéreo brasileiro estão acima da média praticada em outros países. Por exemplo, Uma passagem ida e volta Vitória (ES)-Salvador(BA) – com distância de 840 km – custa, em média, US$ 257; enquanto Barcelona (ES) x Porto (PT) – com 902 km de distância – custa, em média, US$ 53.

Uma passagem ida e volta Brasília (DF) Curitiba (PR) – com 1.120 km de distância – custa, em média, US$ 247; enquanto um deslocamento ida e volta Nova York-Chicago (EUA) – 1147 km de distância – sai por US$ 158. A ida e volta Paris (FR) x Roma (IT) custa US$ 107 – com 1.106 km.

Levantamento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já mostra que, de 2005 a 2012, o preço das passagens aéreas tiveram uma elevação de 146% acima da inflação.

 

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