Flávia Villela, que é médica especialista em Dermatologia, fala sobre a doença cutânea não contagiosa que tem data de conscientização no dia 25 de junho
O Vitiligo é uma doença cutânea não contagiosa que tem data de conscientização no dia 25 de junho |
O vitiligo é uma doença crônica caracterizada por manchas brancas devido à ausência ou diminuição do pigmento natural da pele, a melanina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de um milhão de brasileiros convivem com a doença. Para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento, no dia 25 de junho foi instituído o Dia Mundial do Vitiligo.
A médica especialista em Dermatologia Flávia Villela, explica que a manifestação é autoimune, não contagiosa e não tem cura, apesar de ter tratamento. ‘’O vitiligo afeta homens e mulheres, de todas as etnias e idades, e o que muita gente não sabe é que o desenvolvimento da doença também se dá por fatores genéticos, impactos emocionais ou por outras doenças autoimunes’’.
Doença é caracterizada por manchas brancas devido à ausência ou diminuição do pigmento natural da pele, a melanina |
O estudo da SBD esclarece que fatores externos podem contribuir para o aparecimento ou agravamento das manchas que decorrem da perda gradativa da pigmentação devido à formação de linfócitos T que destroem os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina no organismo.
Flávia Villela ressalta que além das manchas por todo o corpo, sensibilidade e dor também podem impactar nessas lesões de pele. Por isso, é tão importante que o diagnóstico aconteça no início das manifestações. Ainda segundo a especialista, as manchas não apresentam coceira e nem irritação, assim como não acarreta sintomas mais graves. Sendo assim, o vitiligo permite uma vida saudável e um quadro dermatológico controlado.
Flávia Villela, médica especialista em Dermatologia, fala sobre o assunto do release |
Inclusive, uma das medidas para controlar o vitiligo é a prevenção à exposição das áreas afetadas ao sol, já que os pacientes têm uma maior tendência de envelhecimento na pele. Já o tratamento pode ser realizado pela associação de tecnologias estéticas para manchas, como tratamentos a laser para estimular a produção de melanócitos, além de reduzir a inflamação e aliviar a escamação da pele nas partes do corpo mais afetadas, que são: face, cotovelos, joelhos, mãos, pés e genitais.
‘’Os procedimentos de consultório atuam em todas as formas clínicas do vitiligo, que vão desde segmentar, com manchas distribuídas unilateralmente, ou seja, em apenas em uma parte do corpo, como também universal, por quase todo corpo. As sessões de fototerapia com radiação ultravioleta também apresentam excelentes resultados e medicamentos como Tacrolimo, derivados de vitamina D e corticosteroides são exemplos de medicações que ajudam no tratamento da doença’’, finaliza a médica.