No clipe minimalista, a tinta que marca o rosto de Pedro Lião é uma metáfora às marcas da vida
Bule por Hannah Carvalho |
No dia 24 de maio, a banda recifense Bule lança “Tudo Pra Mim”. Formado por Pedro Lião (voz, synth), Carlos Filizola (guitarra, synth), Berna Coimbra (contrabaixo), Kildare Nascimento (bateria) e Damba (percussão, programações), o grupo apresenta um indie pop dançante, com atmosfera nostálgica e uma mistura do tropical com o eletrônico.
“‘Tudo Pra Mim’ fala de uma despedida, fala de aceitar a dor da perda e ficar ‘amigo’ dela. Aceitar a perda é a única saída. E não tem mais volta”, explica Pedro.
O clipe, com direção do Estúdio Orra, foi gravado com a música tocando numa velocidade maior para que o efeito de câmera lenta entregasse a tinta passando por Pedro de uma maneira mais detalhada.
“O clipe trata a tinta prateada sendo pintada no meu rosto como se o mundo externamente me marcasse e como se eu pudesse escolher apenas a cor. A gente vive a nossa vida, mas não tem como fugir das nossas perdas que acumulamos ao longo dela. E essas perdas muitas vezes moldam nosso modo de viver e consequentemente nossa aparência”, explica Lião.
“Tudo pra Mim” é o segundo single do segundo álbum do quinteto pernambucano, Dançando Sem Ninguém Me Ouvir, previsto para junho de 2023.
FICHA TÉCNICA
MÚSICA
Composição: Pedro Lião e Carlos Filizola
Letra: Pedro Lião e Toni Lamenha
Pedro Lião (Voz, Synth)
Carlos Filizola (Guitarra, Synth)
Bernardo Coimbra (Baixo)
Kildare (Bateria)
Damba (Congas)
Gravado em Home Studio e no Estúdio Zelo
Mixado e Masterizado por Carlos Filizola
Editora e Selo Toca Discos
CLIPE
Direção, direção de fotografia, montagem/edição: Estúdio Orra (Gabriela Passos, Guto Quijano, José Rebelatto)
Produção: Bule e Estúdio Orra
SOBRE BULE
Bule é um projeto recifense de música brasileira, dançante e tropical que explora timbres, sonoridades e estéticas dos anos 1980, onde estão fervidos o orgânico e o eletrônico, o beat e a conga, o synth e a guitarra. Iniciada em 2017, a banda é formada por cinco amigos que já haviam trabalhado juntos em outros projetos, com gostos musicais complementares e o desejo de criar um som pop autoral. São eles: Pedro Lião (voz, synth), Carlos Filizola (guitarra, synth), Berna Coimbra (contrabaixo), Kildare Nascimento (bateria) e Damba (percussão, programações).
Após um ano e meio buscando referências de timbres, compondo e maturando a identidade do trabalho, a Bule se junta a Benke Ferraz (Boogarins) para a produção do primeiro álbum, Cabe Mais Ainda (2018). As letras remetem ao cotidiano e seus desdobramentos, construídas em dupla por Pedro Lião e Toni Lamenha (amigo do grupo), e a identidade visual, elaborada em parceria com Gabriela L’amour, se inspira nos anos 1980. Com o lançamento do disco, a Bule participou de festivais como Coquetel Molotov - PE, Bananada - GO, Mada - RN, Wehoo - PE e Bicicleta - PB. Também se apresentou em 12 cidades diferentes de 3 regiões do Brasil e dividiu palco com grandes nomes da música brasileira e internacional, como General Elektriks (FRA), Boogarins, Céu, Mombojó e Romero Ferro.
Em 2020, o grupo foi contemplado pelo Edital da Aceleração Labsônica, apresentando-se num Festival Online e lançando três singles junto ao Selo e editora Toca Discos, do Rio de Janeiro. Em 2021, lançou a Sessão de Verão, em fevereiro, onde são apresentadas suas músicas num formato ao vivo, num clima tropical, praiano, como o próprio nome indica. Posteriormente, foram lançados os single “Passando com Água”, “Sacanear”, “Desagradar” e “Mandando”. Em 2023, a banda planeja lançar o seu segundo álbum no início do ano, fruto do amadurecimento musical e vivências pessoais dos integrantes nesses cinco anos de vida do projeto. Recentemente, participou da programação oficial do Carnaval de Recife com um show no palco de Casa Amarela e o outro no Som na Rural.