Por Camila Piva
O surgimento e evolução do ciclismo no mundo e no Brasil
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| Foto: Camila Piva |
A bicicleta e sua história vêm de tempos dos anos 1490, quando Leonardo Da Vinci desenhou um veículo com duas rodas (Leonardo da Vinci, 1452- 1519). Veículos sobre rodas, como carroças e carruagens, já eram conhecidos, mas duas rodas em linha, uma atrás da outra, apareceu por volta de 1800, porém era um veículo que não trazia segurança nem conforto: faltava equilíbrio. Essa máquina foi se tornando cada vez mais funcional, sendo adicionados mecanismos para frear e bancos para sentar-se: o conforto de usar um banco e a segurança de poder para quando precisar trouxeram um novo encanto à bicicleta.
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| Foto: Escola de Bicicleta |
Vieram então os pedais, o diâmetro das rodas mudou, pois essas rodas passaram a ter o mesmo tamanho o da frente e o de trás e foram adicionados pneus. As Sociáveis, primeiros veículos individuais ou de família, representaram uma revolução social, pois davam oportunidade para que toda a família pudesse aproveitar as atividades de lazer ou transporte disponíveis no momento. Os novos veículos, eram movidos pela força humana, pois não exigiam qualquer combustível, mas a força do indivíduo que pilotava. (The Mecanichal Horse, de Guroff Margaret - 2016, & Old Wheel Ways, de McCullough Robet- 2013).
Segundo o artigo da “Revista Bicicleta” de 2020, no Brasil a história da bicicleta era pouco conhecida, pois poucos estudiosos escreviam sobre esse tema ao longo do século XX. Pouco se falava sobre o assunto, então as pessoas não tinham conhecimento a fundo sobre a história desse veículo. No que antecede a esse século as pessoas só tinham informação sobre o tema em notícias de jornais e anúncios de clubes. As primeiras bicicletas usadas no Brasil foram de imigrantes europeus no final do século XIX, bicicletas vindas da Europa. Esses imigrantes fugindo do país, devido a situação de insegurança se estabeleceram principalmente na cidade de Curitiba e São Paulo e foi nessa época que se registraram os primeiros usuários da bicicleta no Brasil.
Atualmente existem 5 tipos de bikes, bikes urbanas, mountain bike, usadas para lugares com terra, bikes road ou speed, bikes dobráveis e bikes elétricas, (Ferreira, Vinicius. Bike: sua vida em equilíbrio. São Paulo, 2019).
A 1º edição dos Jogos Olímpicos da atualidade foi em Atenas, Grécia, no ano de 1896 e deveu-se ao francês Barão de Coubertin esse renascimento, com 14 países e 241 atletas. Os ciclistas largaram, em Atenas, pedalaram até a cidade de Marathon e retornaram à capital grega. Só eles podiam competir nessa época e as premiações recebiam: 1º lugar: medalha de prata, 2º lugar: medalha de cobre e 3º lugar: coroa de ramos de ouro. As Olimpíadas de inverno tiveram seu início em 1924, em Chamonix, na França e elas acontecem a cada 4 anos, no intervalo das de verão.
Bete Villalobos, Psicóloga, começou no ciclismo pedalando uma bike híbrida, que é uma bike da cidade. Decidiu então fazer mountain bike e aderiu ao esporte de speed, ciclismo de estrada. “Já estou nessa jornada há uns 12 anos e já fiz muitas provas, já peguei pódio algumas vezes. Eu gosto ciclismo pela possibilidade que ele me dá de fazer amigos e de me divertir.”
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| Foto: Valeria Piva |
No ano de 2016, o país sede nas Olimpíadas foi o Brasil e os jogos foram na cidade do Rio de Janeiro. Foram 10 mil atletas que participaram, em 41 modalidades diferentes esportivas.
Vinícius é ciclista há 35 anos. A bicicleta entrou na sua vida como uma forma de economizar uma grana, de não ir para a escola de ônibus. De acordo com ele, em 2010 teve a oportunidade de participar da prova L'Étape do Tour de France. “Foi emocionante correr aquilo, subir o Tour Malé.” Segundo Vinícius, ele fez a prova em 7 horas e meia, enquanto que um profissional fez isso no ano em 3 horas e 45 minutos.
O século XIX foi caracterizado pelas novas invenções no século anterior que trouxeram grandes avanços científicos e tecnológicos, já demonstrando o que seria a modernidade. Nesse cenário a bicicleta ocupa um lugar privilegiado: é uma invenção moderna que pertence a cada indivíduo, mas consegue abrir muitos campos para os encontros sociais.
Na cidade de São Paulo existem 1 milhão de bicicletas e 600 mil circulam pela cidade todos os dias. Esse levantamento foi feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A pesquisa apontou também que existem 13 bicicletas para 100 habitantes. De acordo com o site vádebike.org no plano de metas da prefeitura de 2021/ está previsto um aumento de 300 km de ciclovias o que já seria um avanço.
Para quem gosta de pedalar existem alguns roteiros que é possível fazer de bicicleta em Amsterdã, Holanda. A média é de uma bicicleta por habitante. Praticidade para pedalar, como estacionamentos e semáforos próprios para bicicletas. O caminho que segue o rio de Amsterdã é um bom começo para apreciar a paisagem. Ciclovias e estradas seguras. Com isso é possível sair de Amsterdã e chegar a países como Bélgica e França pedalando.
Vale do Loire, França. Uma rota boa para quem está iniciando no pedal, postos de assistência e estacionamento para bicicletas. Os hotéis da região recebem mais de 500 mil ciclistas por ano. No fim o ciclista vai se deparar com castelos como o Chenonceau, Chambord, Amboise e Chinon. Toscana, Itália. Cidades como Siena, Florença e San Gimignano são livres para bicicletas, pois não permitem a entrada de carros em suas áreas históricas.
Cidade do Cabo, África do Sul. Cape Epic é uma ultramaratona de mountain bike que tem 8 etapas. Tem 700 km em trilhas que dependem de um preparo específico, pelo desnível de 14 mil metros. É uma forma de socializar com ciclistas do mundo inteiro. Campos do Jordão, São Paulo. É o lugar certo para quem gosta de bike independente de ser profissional ou amador. O clima é ameno ou frio no inverno e dá para fazer treinos de bicicleta de estrada e trilhas. Dá para ir para o Horto Florestal, com 12 km, a Volta das Lavrinhas em São José dos Alpes e a Volta da Represa da Vila Maria para mountain bikes. Serra do Rio Rastro, Santa Catarina.
