Entidade abrirá sindicância; ‘episódio isolado que temos que corrigir’, diz presidente
A mãe de um aluno que estuda Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Araraquara registrou um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (26/4), relatando que o garoto de 14 anos foi amarrado, com fita adesiva, em uma cadeira de rodas.
Foto: Reprodução |
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o motorista da Van, que leva o adolescente até a APAE, enviou a foto para a mãe que pediu para que ele retornasse com o menino “do jeito que estava” para verificar o que tinha ocorrido.
Ao chegar em casa, a mãe confirmou que o filho estava com o braço direito amarrado na cadeira, o impedindo de se movimentar. Diante da situação, ela entrou em contato com a APAE e pediu para falar com a diretora. A mãe não conseguiu falar com a responsável, porém pouco tempo depois, recebeu a ligação de uma pessoa se identificando como diretora da entidade e que não tinha conhecimento do que tinha ocorrido com o garoto e verificaria o fato.
Segundo a mãe, a diretora ligou novamente para ela explicando que houve uma reunião com a equipe e que a ação foi para evitar que o adolescente se ferisse, pois “ele havia batido a mão no próprio nariz”.
APAE
O presidente da APAE, José Branco Peres explicou que a Associação está apurando o que de fato ocorreu. Será aberta uma sindicância que vai investigar o caso. “Para apurar a responsabilidade, a autoria, ouvir os envolvidos para depois tomar as medidas cabíveis”, diz.
“É um erro, mas um episódio isolado. Quem conhece a APAE sabe que isso não é uma conduta da instituição”, reforça José Branco.
Brando ressalta ainda que em 10 anos, fazendo parte da diretoria da APAE, nunca houve registros de açõs desta natureza. “Nada parecido e nem um fato semelhante”.
“Para gente foi uma surpresa desagradável, mas que a gente vai apurar para que nunca mais aconteça”, completa.