Dra. Letícia Costa explica os cuidados necessários e sintomas que indicam a necessidade de ajuda médica
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Viajar é um momento para quebrar a rotina, descansar, dar uma pausa nos problemas e nas obrigações. Para viagens longas e até curtas é preciso ficar atento para que esse roteiro seja mantido. O motivo para esse alerta é a trombose do viajante.
A cirurgiã vascular, Dra. Letícia Costa, explica que essa doença “é a formação de coágulos dentro de uma veia da perna obstruindo a circulação e que ocorre quando a pessoa fica muito tempo sentada, seja em viagens aéreas ou terrestres”.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia, a trombose atinge cerca de 180 mil pessoas no Brasil. De acordo com a médica, a trombose é caracterizada por uma dor súbita normalmente na panturrilha e só em uma perna, associada a inchaço dessa perna, vermelhidão e calor local.
“Na suspeita de uma trombose, procurar atendimento médico para o tratamento correto”, explica ao dar as seguintes dicas de prevenção. “Algumas atitudes ajudam, como caminhar a cada 1 ou 2 horas durante o período da viagem, fazer movimentos com os pés para movimentar a musculatura da panturrilha, se hidratar bem e evitar uso de bebidas alcoólicas no trajeto de um voo por exemplo. Uma outra forma de evitar é usar meias de compressão durante a viagem superior há 4 horas”, pontua a Dra. Letícia Costa.
Esses cuidados têm que ser tomados por todos, mas principalmente pelos grupos de risco formados por idosos, que têm história familiar ou pessoal de trombose, obesos, sedentários, que fazem uso de hormônio ou mulheres no pós-parto e têm maior risco de desenvolver a doença.
“A complicação mais grave de uma trombose é a embolia pulmonar, em que um fragmento desse coágulo se solta e vai pela circulação até o pulmão, causando obstrução da circulação pulmonar. Além disso, pode ocorrer sequela da trombose com o desenvolvimento da insuficiência venosa crônica”, ressalta a cirurgiã.
Por isso, a médica destaca a importância da prevenção e no caso da detecção da doença o acompanhamento por um especialista já que casos mais graves exigem internação. “O diagnóstico é clínico e confirmado por ultrassonografia com Doppler. Assim que se suspeita já se inicia o tratamento com anticoagulantes e uso de meia de compressão. O tratamento dura cerca de 3 a 6 meses, a depender de cada paciente e normalmente é feito em casa mesmo com medicação oral”, conclui a cirurgiã vascular, Letícia Costa.