Adolescente gritou com docente e virou a mesa diante de colegas em escola estadual de Assis; secretaria diz que oferece acompanhamento
Um aluno foi afastado da sala de aula e colocado em ensino remoto depois de ser filmado intimidando um professor na cidade de Assis. O adolescente deve voltar à escola, que é estadual, na próxima semana. O governo do estado, por meio da Secretaria da Educação, afirmou que oferecerá acompanhamento ao professor e ao estudante.
Momento em que aluno intimida professor em Assis (SP) | Foto: Reprodução/Redes sociais |
Nas imagens é possível ver que o professor está sentado quando o aluno se aproxima gritando e ameaçando o professor.
O docente pede licença várias vezes e que o garoto se afaste. O adolescente vai atrás do professor e puxa a cadeira, tentando derrubá-lo, mas o docente se levanta.
O professor se senta novamente e permanece na cadeira enquanto o aluno continua gritando.
A cena é acompanhada por diversos estudantes, que ficam ao redor da dupla, rindo da situação. O aluno então vira a mesa utilizada pelo professor e derruba seu notebook.
Assista:
O mais revoltante é ver os outros alunos rirem da situação e não fazerem NADA pelo professor. pic.twitter.com/4m8LRHxXGe
— CHOQUEI (@choquei) April 12, 2023
A Secretaria da Educação não confirmou quando a gravação foi realizada, mas afirmou que repudia atos de violência, dentro ou fora da escola, e não compactua com a atitude do estudante envolvido, ainda que pontual.
O aluno seguirá com aulas remotas até o fim da semana, afirmou.
A pasta da Educação afirmou, que assim que soube do caso, a direção mediou o conflito em uma reunião com o estudante, seus responsáveis e o professor.
Será oferecido ao professor e ao estudante, se autorizado pelos responsáveis, o atendimento profissional pelo programa Psicólogos na Educação, afirmou.
O caso ocorre em meio a um clima de tensão em escolas após ataques e uma onda de ameaças que alteram a rotina de professores, pais e alunos.
O país vive uma escalada de apreensões de adolescentes por supostas ameaças de ataques a escolas por meio de mensagens apócrifas, incitação a novos ataques e até mesmo pela explosão de uma bomba junina no corredor de uma unidade de ensino.
O avanço dos casos acontece após o ataque a uma creche em Blumenau (SC) que deixou quatro crianças mortas em 5 de abril. Dias antes, um outro ataque em São Paulo terminou com a morte de uma professora a facadas e outras cinco pessoas feridas.