PRIMEIRO SINGLE "HORROR SHOW" JÁ ESTÁ DISPONÍVEL
Para alguns, pode parecer uma longa espera, mas o Hot Milk sempre soube que quando chegasse a hora de fazer seu álbum de estreia, eles teriam que estar prontos. Será a manifestação mais contundente que já fizeram sobre quem são e o que representam, uma oportunidade de mostrar ao mundo sua essência.
As faixas do álbum de estreia se encontram em uma linha tênue entre o humorístico e o sério, repleto do que podemos chamar de niilismo positivo. Não se trata tanto de encontrar a luz no fim do túnel – eles encontram o humor porque, se não estiverem rindo, provavelmente vão chorar.
Pegue a primeira faixa 'HORROR SHOW', que estreou com Jack Saunders na Rádio 1 na semana passada. "Para quem está de fora, podemos parecer estranhos, assustadores e diferentes... e daí?", afirma Han Mee. "Podem pensar que somos seres condenados, perdidos, rebeldes e inferiores. Esta música aceita e abraça essa diferença, e joga ela de volta na sua cara. Construído para ser desagradável e escrito para ser propositadamente agressivo, ‘Horror Show’ combina nossos amores pelo drum n bass e um som mais sujo. Dane-se, somos quem somos, quem não gostar que se vire".
A banda cresceu ao longo de três EPs autoproduzidos, e esse fluxo constante de lançamentos significou que o Hot Milk nunca esteve longe dos holofotes – ou dos palcos onde apresentam.A ascensão do grupo continuou acelerando, levando-os a abrir shows em grandes estádios com o Foo Fighters, os principais palcos de alguns dos maiores festivais do mundo, uma apresentação no Jimmy Kimmel Show nos EUA, e turnês com bandas como Pale Waves e seus próprios shows com bilheterias esgotadas, assim como mais de 50 milhões de streams só dos EPs. Mais importante ainda, esse tempo ajudou os integrantes a se encontrarem como artistas. A banda gravou o álbum entre Manchester, Los Angeles e Estocolmo com um dos integrantes, Jim Shaw, no comando da produção para a maior parte das faixas, assim como todos os lançamentos anteriores. Um elemento que se tornou tão importante para a banda e que lhes permite controlar exatamente o que querem ser como artistas.
Outras faixas do disco incluem "Breathing Underwater", que, nas palavras de Jim é uma música sobre o sentimento "de você absolutamente atolado, se afogando na sua própria insegurança", que revela o Hot Milk, e especialmente Han, nos seus pontos mais baixos.
"Eu queria fugir. Senti vontade de mergulhar no mar e nunca mais voltar", ela explica. "Eu não queria mais sentir nada – era tudo muito doloroso. Eu me senti um fracasso, mas também senti muita pressão e eu simplesmente não sabia o que fazer ou onde colocar isso.”
Criar arte a partir dessa escuridão, no entanto, acabou por ser um forro de prata. "Tiramos uma bela música disso. "E é por isso que a arte é realmente importante – ela permite que você divulgue todos esses sentimentos."
Essa mentalidade também inspirou a escolha do título. “A CALL TO THE VOID” é a tradução inglesa da frase francesa l"appel du vide", referindo-se à propensidade do cérebro de detectar oportunidades de morrer. É o choque sinistro que sentimos quando estamos esperando um trem e a sua mente surge com o pensamento de que se pode saltar, e terminar a vida num piscar de olhos. É um breve momento em que nos lembramos da fragilidade da existência.
'Party On My Deathbed', enquanto isso, é sobre a efervescência da vida, mas também alimentado por uma sensação de abandono imprudente. "É a idéia de que você só vive uma vez, então é melhor vivê-la ao máximo", começa Jim, antes de Han elaborar a ideia de que querer festejar até a morte pode não só ser celebrativo, mas destrutivo.
“Na época em que estava escrevendo, eu estava realmente mergulhando no submundo de Manchester, passava a noite toda fora e só voltava já pela manhã. Eu estava chegando ao ponto em que não me importava mais sobre o que poderia acontecer comigo. Eu só seguia em frente.”
Apesar disso, no entanto, tem um tom humorístico, com um senso de humor assumidamente britânico, inspirado por algumas das influências do campo esquerdo da banda. “Algumas das letras mais antigas de Slowthai e AJ Tracey são bastante inteligentes na forma como usam gírias muito britânicas, com metáforas retorcidas em torno da vida cotidiana britânica", diz Jim. “É mais ou menos isso que já exploramos". Já "Bloodstream" tem sua inspiração no alt-pop, e foi feita para os momentos nos grandes palcos que a banda sempre almejou alcançar.
O mais importante para a banda, no entanto, é que essas músicas sejam compostas para tocar em volume ensurdecedor nos alto-falantes do palco, e que seus refrões sejam gritados pelos membros da comunidade adoradora e unida que construíram. “As apresentações ao vivo são onde eu me sinto mais feliz, onde eu me sinto mais em casa,” diz Han. “Compusemos as músicas para as pessoas se divertirem, se sentirem bem, entrarem no bolo, se soltarem, chorarem, subirem nos ombros de um amigo. É uma igreja para nós.”
Com A CALL TO THE VOID, Hot Milk vão subir para os escalões superiores da cena de rock britânica.
A CALL TO THE VOID será lançado em 25 de agosto de 2023 no Music For Nations.
Pré-venda do álbum está disponível AQUI