Hamilton é um músico brasileiro com trabalho reconhecido internacionalmente, que tem como prática comum criar pontes entre a cultura brasileira e outras culturas pelo mundo
A carreira e legado de Hamilton de Holanda seguem em um ritmo frenético, como pontuado acima. O artista brasileiro, multipremiado, cidadão do mundo, com parcerias internacionais e nacionais de sucesso, não poupa esforços e trabalho para levar a cultura brasileira cada vez mais longe. No dia de seu aniversário de 47 anos, ele lança “Sol e Luz”, primeiro single do seu próximo álbum instrumental “Flying Chicken”.
“’Sol e luz’, como o próprio nome diz, é uma música iluminada pela esperança. É o fim e o recomeço, vem aquela sensação de que tudo vai dar certo. Ela foi feita em algum dia 31 de dezembro”, conta Hamilton. O compositor foi fundo no sentimento que estava vivendo e conseguiu imprimir em acordes tudo de bom que vem à cabeça quando o Sol nasce em uma nova alvorada, em um novo ano. “Essa música tem uma característica bem peculiar na parte rítmica, ela tem 7 tempos. Assim como o nome dela tem 7 letras. As pessoas que a ouviram, disseram que esse tema passa uma sensação de luz do Sol quentinha, de aconchego, de gratidão”, complementa HH.
O álbum “Flying Chicken” está previsto para ser lançado em abril e traz oito faixas produzidas por Hamilton e Marcos Portinari, que esteve presente em todas as etapas de feitura do álbum, seja fora do estúdio, ou durante o processo de gravação. A sonoridade deste disco traz novidades para a música de Hamilton de Holanda. O perfeccionismo com o som do bandolim continua, a busca pelo som limpo, cristalino, amadeirado e quente é uma constante em seus discos - ressaltados pela mixagem de Thiago ‘Big’ Rabello e a masterização de André Dias. Nesse trabalho, HH tem junto com seu bandolim 10 cordas a batera groovada e valente de ‘Big’, que provoca o grupo a encontrar novos caminhos, e o piano rítmico e criativo de Salomão Soares. Em cada faixa, é possível ouvir timbres e sons novos, tirados dos teclados usados por Salomão. É a mistura de sons atuais com outros mais antigos.
Vale destacar também a capa e o design, que são assinados por Bruno Filipe e Pedro ‘TheZakMan’ Araujo, com um trabalho feito a partir da utilização da tecnologia Stable Diffusion, que é uma técnica de geração de imagens por meio de inteligência artificial. A ideia de criar essas capas foi uma solução para se destacar no mercado da música. O projeto exigiu várias gerações de imagens para atender às expectativas do artista e da equipe. Embora o resultado final tenha sido finalizado no Photoshop, mostrando que a tecnologia, apesar de ser incrível, ainda precisa ser usada em conjunto com habilidades humanas para criar algo único e inovador, que ainda não foi explorado por outros artistas.
Mais sobre Hamilton de Holanda
- Hamilton de Holanda nasceu em 30 de março de 1976, em uma família musical. Seu primeiro instrumento, aos quatro anos, foi a Melódica. Começou sua carreira profissional aos seis anos como garoto prodígio no programa de TV nacional Fantástico, de audiência de mais de 50 milhões de pessoas;
- A música de Hamilton vem de três pilares: o incentivo de sua família, a consolidação de seu diploma universitário em composição e a liberdade das jam sessions nas ruas da capital brasileira, Brasília, onde cresceu;
- Seu primeiro gênero foi o Choro, primo do Jazz e patrimônio cultural brasileiro. Foi cofundador da primeira Escola de Choro do mundo (Brasília, 1997) e liderou a petição ao Congresso Nacional para conceder ao Choro um Dia Nacional. Como resultado, desde 2000, o dia 23 de abril é comemorado no Brasil como o Dia Oficial do Choro, por proclamação do presidente brasileiro, expondo a primeira música popular brasileira ao povo;
- Também em 2000, um ano emblemático para ele, Hamilton reinventou o tradicional Bandolim Brasileiro de 8 cordas adicionando um par de cordas extras mais graves afinadas em dó (passando de 8 para 10), dando-lhe uma voz mais profunda que emancipa o emblemático brasileiro instrumento do legado de algumas de suas influências e gêneros. O aumento do número de cordas, aliado aos solos rápidos e improvisações, inspira uma nova geração a se dedicar ao bandolim de 10 cordas e misturar em todos os estilos musicais;
- A forma de tocar e improvisar de Hamilton transcende limitações e gêneros. Hoje, ele viaja para os diferentes cantos do planeta "trazendo o coração na ponta dos dedos" e realizando suas próprias composições com seu som característico;
- Ele interage com outras tradições musicais, conjuntos e instrumentos. Isso permite que seja convidado para ser o solista de Wynton Marsalis e sua Jazz at Lincon Center Orchestra ou para executar suas próprias composições com orquestras sinfônicas de todo o mundo; de Rock/Pop Festivals a Dave Mathews Band no Gorge; do Summer Stage - o Central Park, em Nova York, aos Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro; de nobres museus, como o Smithsonian, em Washington, ou o Grand Palais, em Paris, ao famoso Carnaval carioca. Lugares como Austrália, Paris, Alemanha, Amsterdã, Roma, Noruega, Los Angeles e outras cidades e festivais ao redor do mundo;
- Hamilton é ativo nas mídias sociais, onde seus números globais são impressionantes para um músico instrumental (mais de 780 mil ouvintes mensais no Spotify, 220 mil no Facebook, 164 mil no Instagram,…);
- No Brasil, alcançou o status de estrela, recebendo elogios e diversos prêmios de críticos e pares. Ele é um músico multipremiado, ganhou vários Grammys Latinos, Prêmio da Música Brasileira, Echo Jazz, Choc e inúmeras indicações. E ganhou o prêmio de melhor álbum instrumental no Grammy Latino de 2022;
- O apoio popular o inspirou a promover shows beneficentes para grandes tragédias do Brasil e projetos sociais, como a ABRACE, que presta assistência social a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Hamilton também apoia programas musicais para pessoas de áreas economicamente desfavorecidas para fortalecer sua autoimagem e ajudar os jovens a encontrar inspiração e empregos;
- Hamilton dividiu o palco ou gravou com Wynton Marsalis, Chick Corea, The Dave Mathews Band, Chris Potter, Coldplay, John Paul Jones, Paulinho da Costa, Chucho Valdes, Egberto Gismonti, Ivan Lins, Milton Nascimento, Joshua Redman, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, Richard Galliano, Bela Fleck, Stefano Bollani e muitos outros.