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Dieta mediterrânea pode proteger cérebro de Alzheimer, sugere estudo

22 de Março de 2023

De acordo com a nutricionista Marianne Fazzi, a dieta é baseada em gorduras boas que fazem bem para o cérebro

Foto: Getty Images

Se alimentar bem é uma premissa para uma vida longa, saudável e de uma velhice livre de demência, segundo um novo estudo publicado em março na revista Neurology. Os pesquisadores da Universidade RUSH, em Chicago, nos Estados Unidos, sugeriram que as pessoas adeptas das dietas Mind e Mediterrânea tendem a acumular menos proteínas associadas à doença de Alzheimer no cérebro. De acordo com a nutricionista Marianne Fazzi, essas dietas são baseadas em alimentos frescos, isto é, in natura. Por isso, possuem vários nutrientes, que beneficiam a saúde mental e a prevenção de doenças crônicas.

Para a realização do estudo, os pesquisadores rastrearam a dieta de 581 norte americanos idosos, com idade média de 84 anos. Eles foram orientados a responderem questionários anuais sobre suas alimentações até falecerem e concordaram em ter seus cérebros estudados após a morte. Depois do falecimento, os cientistas examinaram a mente de cada voluntário a fim de descobrirem quantas placas amiloides ou emaranhados da proteína tau haviam se formado. Ambos os componentes estão associados à doença de Alzheimer.

Os pesquisadores descobriram que os idosos que eram adeptos da alimentação englobada na dieta Mediterrânea se mostraram 18 anos mais jovens do que os idosos com outros tipos de alimentação. Já os adeptos da dieta Mind aparentaram ser 12 anos mais jovens.

Marianne explica que a dieta Mediterrânea consiste no consumo de frutas, verduras, legumes, leguminosas, peixes, laticínios e gorduras boas. Já a dieta Mind possui o mesmo princípio da Mediterranêa, mas com um maior estímulo ao consumo de alimentos que promovam a saúde cognitiva. “Ingerir alimentos ricos em flavonoides e antioxidantes, que são aqueles alimentos avermelhados e roxos, que ajudam a preservar a função cognitiva”, pontua.

Segundo ela, o ômega-3 é essencial na formação das membranas cerebrais, assim como proteínas do complexo B e vitaminas E, C e Selênio. “As membranas das bilhões de células cerebrais são construídas a partir do ômega-3. Há evidências que relacionam o baixo consumo desse ácido graxo a problemas cognitivos e que ele auxilia no tratamento de inflamações no cérebro. Além disso, as proteínas do complexo B estão associadas a produção de neurotransmissores, enquanto as vitaminas E, C e Selênio possuem ação antioxidante retardando o envelhecimento das células do cérebro”, ressalta a nutricionista.

Sobre Marianne Fazzi

Marianne Fazzi é nutricionista formada pela Universidade Paulista (UNIP) e há 10 anos atua em consultório de emagrecimento. À frente da Clínica Trivita, desenvolveu o próprio método de emagrecimento, a Nutrição Smart, onde desenha uma estratégia personalizada para cada paciente emagrecer, de acordo com seu perfil comportamental e os sabotadores da dieta de cada um. O método identifica o porquê a pessoa não consegue seguir o plano alimentar e oferece várias soluções práticas, facilitando o resultado do paciente.

Além da Trivita, Marianne é pioneira e uma das maiores referências de cursos on-line sobre empreendedorismo e gestão de clínicas e consultórios voltados para nutricionistas, com a Escola de Negócios Amor em Nutrir, tendo assistido mais de 12mil alunos e mentoreados em todos os estados brasileiros e mais 21 países.

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