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Síndrome de Tourette: o que é, quais são os sintomas e o tratamento?

13 de Março de 2023

O distúrbio costuma ser a causa de problemas de autoestima, assim como depressão e ansiedade

A Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico que faz as pessoas repetirem movimentos, terem espasmos ou emitirem sons indesejados. Márcia Karine Monteiro, neuropsicopedagoga, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, fala sobre os sintomas e como é realizado o tratamento do paciente.

“Os impulsos costumam surgir, principalmente, em momentos de estresse, empolgação, cansaço ou ansiedade. Eles são vistos como tiques nervosos. Isso inclui piscar repetidamente os olhos, falar palavras aleatórias ou ofensas de forma inesperada, tossir ou fungar diversas vezes e realizar gestos com as mãos. Esses são apenas alguns exemplos, pois a lista de sintomas é bem mais extensa. E, por mais que as pessoas tentem conter esses impulsos, elas não conseguem”.

Geralmente, os sintomas costumam aparecer na infância e adolescência, antes dos 18 anos. Também é comum que o paciente apresente outros transtornos, como o Obsessivo Compulsivo (TOC) e o do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Esse distúrbio mexe bastante com a autoestima das crianças e dos adolescentes porque eles estão na presença de outras pessoas da sua idade e sentem vergonha de realizar algum gesto ou falar algo de maneira involuntária. Além disso, há a questão do bullying, que pode causar o isolamento social e o baixo desempenho escolar.

Caso a pessoa, amigos ou familiares notem que os sintomas são frequentes, é indicado levar o paciente ao médico para que o diagnóstico seja feito. “A Síndrome de Tourette não tem cura, mas o tratamento pode ajudar no controle dos tiques e melhorar a qualidade de vida da pessoa. Geralmente, é realizado por meio de medicamentos prescritos e atividades físicas para cuidar da saúde mental. Também é importante procurar se acalmar na tentativa de aliviar os sintomas”, comenta a psicóloga Márcia.

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