Dr. Icaro Pereira tira dúvidas sobre a bioplastia de glúteos.
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O preenchimento com Polimetilmetacrilato (PMMA) sempre está em destaque nas redes sociais e é cercado de críticas e mitos que impede milhares de pessoas a ter acesso a técnica. O primeiro passo é entender que esse é um procedimento aprovado pela Anvisa e, com a devida segurança e acompanhamento especializado, pode ser um aliado da estética. Aplicado no músculo, o polímero pode ajudar na estrutura muscular e dar volume a áreas como os glúteos, principal procura dos pacientes, e outras partes do corpo como as coxas.
O médico Icaro Pereira, expert no assunto, defende que o importante é o paciente procurar um bom médico para realizar o procedimento. “Existe muito preconceito com o PMMA, muito por conta do mercado. Na verdade, você só tem artigos científicos falando bem do produto. Quando acontece algum tipo de situação, é erro de técnica. Como por exemplo a questão do nódulo. Isso a gente sempre explica: é a forma de aplicar o produto. Se for realmente o que o paciente quer, que ele faça com bastante segurança e a tendência é que sempre consiga chegar perto ou atingir as expectativas”.
O PMMA é um material não absorvível pelo organismo e tem um papel intramuscular relevante de estimular colágeno e tecido conjuntivo. “Então quando a gente faz a aplicação do produto intramuscular, com técnica e habilidade, na região muscular em que foi aplicado o produto haverá um maior estímulo de colágeno e tecido conjuntivo. Isso vai aumentar a estrutura muscular. Conforme o médico faz o preenchimento, ele vai modelando a estrutura muscular. É um processo de esculpir a musculatura e aí vai dando o formato desejado”, explica o médico.
O preenchimento muscular com PMMA é definitivo e não demanda manutenção, desde que seja feito em segurança. “O paciente vai ter estimulação de colágeno muitas vezes por 50 ou 60 anos. Então é uma das vantagens do procedimento em relação aos outros estimuladores de colágeno, que em sua maioria são feitos de forma subcutânea. O que acontece muito é que 90% dos pacientes querem mais. A gente faz o procedimento, busca deixar a estrutura muscular proporcional ao resto do corpo, só que a pessoa acha bonito, se acostuma, e sempre quer mais um pouquinho”, destaca o Dr. Icaro Pereira.
O médico, porém, afirma que a decisão final é do especialista. “Nada impede que seja feito um pouco mais do procedimento, que você complete o produto. A questão principal, na verdade, é o senso estético. Então o médico precisa avaliar e, se ele ver que o paciente já está bem, simétrico, ele tem o poder de dizer que sim ou que não”, reforça.
O procedimento, porém, não é indicado para todos os tipos de pacientes, segundo o especialista. “Nós não vamos realizar o procedimento em mulheres gestantes, mulheres que estejam amamentando. Pacientes que tenham hipercalcemia, ou seja, o cálcio muito aumentado e também não vamos realizar o procedimento em pacientes que tenham doenças autoimunes ativas”, destaca o médico Ícaro Pereira.
Além do tradicional uso estético, o preenchimento com PMMA também é utilizado pelo SUS em casos específicos, com autorização da Anvisa. “Por exemplo: pacientes com sequelas de poliomielite, pacientes com sequelas de acidentes automobilísticos e nós temos também atrofias e deformidades musculares que a pessoa tem desde a sua infância. Através do procedimento a gente consegue ajustar a musculatura, fazer correção de depressão, deixar o glúteo mais empinado, mais uniformizado e com isso trazer ali a beleza a harmonia o que a gente tá buscando para o glúteo”, exemplifica.
Citação: “Dentre as vantagens do preenchimento com o PMMA nós podemos destacar a naturalidade e isso vai depender obviamente da técnica e da habilidade do médico em colocar o produto na musculatura. Nós temos a questão também de ele ser definitivo, então o custo-benefício para o paciente é muito melhor. E nós temos a segurança da técnica. Então, quando a gente compara estatisticamente e cientificamente nós vemos que o PMMA é dos mais seguros em relação a outros preenchedores.”